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Publicado em 13 de Junho às 11:18:11

PMC (abr/24): crescimento de 0,9% m/m, pior do que as expectativas

Em abril, o volume de vendas no setor varejista cresceu 0,9% em relação ao mês imediatamente anterior, pior que a mediana das projeções de 1,6% m/m (Broadcast+).  Na comparação interanual, o volume de vendas do comércio apresentou alta de 2,2% a/a, também abaixo das expectativas de 3,9% a/a (Broadcast+). Vale destacar que as rupturas estruturais nas séries históricas da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), decorrentes de mudanças metodológicas no cálculo do indicador e por conta da pandemia, impõe dificuldades adicionais tanto na previsão do indicador quanto na interpretação do desempenho mensal dos seus dados ajustados sazonalmente.

Com este resultado, o setor varejista acumulou alta de 2,7% em 12 meses. Dessa forma, o comércio varejista se encontra 8,3% acima do nível pré-pandemia e no patamar mais alto da série. Vale ressaltar que em relação ao período pré-covid, os grupos pesquisados apresentaram heterogeneidade em seu desempenho, com destaque positivo para Supermercados e hipermercados e Combustíveis e lubrificantes, que se encontram 13,7% e 8,7% acima do nível pré-pandemia, respectivamente. Em contrapartida, grupos ligados ao consumo de bens discricionários continuam depreciados em relação ao patamar observado em fevereiro de 2020, com destaque para Tecidos, vestuário e calçados (-20,3%), Móveis e eletrodomésticos (-9,8%) e Outros artigos de uso pessoal (-6,7%) que se encontram substancialmente abaixo do patamar observado antes da pandemia.

Ainda no que se refere ao varejo restrito, o resultado no mês refletiu o resultado positivo entre cinco das oito atividades pesquisadas. Nesse sentido, vale destacar Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,2% m/m), Móveis e eletrodomésticos (2,4% m/m), Combustíveis e lubrificantes (2,2% m/m), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5% m/m) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,6% m/m). Por outro lado, livros, jornais, revistas e papelaria (-0,4% m/m) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,7% m/m) apresentaram desempenho negativos.

No que diz respeito a comparação interanual, o varejo restrito apresentou alta de 2,2% a/a, com avanço dos  seis dos oito setores pesquisados. Nesse contexto, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (18,9% a/a), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (16,1% a/a), Móveis e eletrodomésticos (8,0% a/a),  Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,6% a/a), Livros, jornais, revistas e papelaria (2,4% a/a) e  Combustíveis e lubrificantes (1,8% a/a).

Em relação as vendas no varejo ampliado (que inclui Veículos, Motos, Partes e Peças; Material de Construção; e Atacado de Produtos Alimentícios), houve queda de 1,0% m/m frente ao mês de março, pior que a mediana das projeções de 0,3% (Broadcast+). O resultado no mês refletiu o aumento de 1,6% m/m na variação mensal de Veículos e motos, partes e peças e pelo aumento de 1,9% m/m de Material de construção. Na comparação interanual, tanto Veículos e motos, partes e peças variaram (28,8% a/a), quanto Material de construção (16,3% a/a) apresentaram desempenho positivo. Por outo lado, Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou queda de 13,0% a/a.

O setor varejista avançou pelo quarto mês consecutivo, acumulando alta de 4,9% no ano.  Dessa forma, com o ciclo de flexibilização monetária, observa-se certa melhora na saúde financeira das famílias que, somada ao conjunto de medidas promovidas pelo governo de impulso fiscal e à resiliência do mercado de trabalho, deve contribuir para que o consumo das famílias seja um vetor de crescimento importante ao longo deste ano. Por fim, nossa projeção de crescimento do PIB do segundo trimestre é de 0,3% t/t, com viés de alta, de modo que, o crescimento do ano está em 2,2%.

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