Em agosto, o volume de vendas no setor varejista caiu 0,3% em relação ao mês imediatamente anterior, melhor do que a mediana de -0,6% m/m (Broadcast+). Na comparação interanual, o volume de vendas do comércio apresentou alta de 5,1% a/a. Com este resultado, o setor varejista acumulou alta de 3,7% em 12 meses e se encontra 8,5% acima do nível pré-pandemia e 0,7% abaixo do patamar mais elevado obtido em maio deste ano.
No que se refere ao varejo restrito, o resultado no mês refletiu o desempenho negativo entre sete das oito atividades pesquisadas. Nesse sentido, vale destacar Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9% m/m), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6% m/m), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0% m/m), Móveis e eletrodomésticos (-1,6% m/m), Tecidos, vestuário e calçados (-0,4% m/m), Combustíveis e lubrificantes (-0,2% m/m) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1% m/m). Por outro lado, apenas Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,3% m/m) apresentou desempenho positivo.
No que diz respeito a comparação interanual, o varejo restrito apresentou alta de 5,1% a/a, com avanço em cinco dos oito setores pesquisados. Nesse contexto, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (15,7% a/a), Móveis e eletrodomésticos (6,4% a/a), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,1% a/a), Tecidos, vestuário e calçados (5,8% a/a) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%) foram os destaques positivos.Enquanto Livros, jornais, revistas e papelaria (-7,6% a/a), Combustíveis e lubrificantes (-4,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,8% a/a) ficaram no campo negativo.
Em relação as vendas no varejo ampliado (que inclui Veículos, Motos, Partes e Peças; Material de Construção; e Atacado de Produtos Alimentícios), houve queda de 0,8% m/m frente ao mês de julho, pior do que a mediana das projeções de 0,2% (Broadcast+). O resultado no mês refletiu o avanço de Material de construção (0,3% m/m) e o recuo Veículos e motos, partes e peças (3,8% m/m)
As vendas no varejo apresentaram variação negativa de 0,3% na comparação mensal. Ainda assim, o setor varejista permanece próximo ao patamar mais elevado da séria histórica. Na comparação anual, houve crescimento de 5,1%, com destaque para o grupo de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria. Por um lado, o bom desempenho dos setores neste início do ano gera um viés positivo em termos de atividade, por outro reforça a percepção de necessidade de cautela do Banco Central na condução da política monetária, uma vez que a resiliência da economia pode se traduzir em fonte de pressão inflacionária nos próximos meses.







