Home > Macroeconomia Brasil > PMC (jun/24): queda de 1,0% na comparação mensal, pior do que as expectativas

Publicado em 14 de Agosto às 11:45:18

PMC (jun/24): queda de 1,0% na comparação mensal, pior do que as expectativas

Em junho, o volume de vendas no setor varejista recuou 1,0% em relação ao mês imediatamente anterior, pior do que a mediana de -0,1% m/m (Broadcast+).  Na comparação interanual, o volume de vendas do comércio apresentou alta de 4,0% a/a. Com este resultado, o setor varejista acumulou alta de 3,6% em 12 meses e se encontra 8,1% acima do nível pré-pandemia e 1,0% abaixo do patamar mais elevado obtido em maio deste ano.

No que se refere ao varejo restrito, o resultado no mês refletiu o desempenho negativo entre quatro das oito atividades pesquisadas. Nesse sentido, vale destacar Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,1% m/m), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,8% m/m), Tecidos, vestuário e calçados (-0,9% m/m) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3% m/m). Por outro lado, Combustíveis e lubrificantes (0,6% m/m), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,2% m/m), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,8% m/m) e Móveis e eletrodomésticos (2,6% m/m) apresentaram desempenho positivos.

No que diz respeito a comparação interanual, o varejo restrito apresentou alta de 4,0% a/a, com avanço em seis dos oito setores pesquisados. Nesse contexto, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (15,1% a/a), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,6% a/a), Móveis e eletrodomésticos (6,7% a/a), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,7% a/a), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,5% a/a) e Tecidos, vestuário e calçados (0,1% a/a) apresentaram resultados positivos. Enquanto, os demais ficaram no campo negativo na mesma comparação: Combustíveis e lubrificantes (-4,1% a/a) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-8,1% a/a).

Em relação as vendas no varejo ampliado (que inclui Veículos, Motos, Partes e Peças; Material de Construção; e Atacado de Produtos Alimentícios), houve aumento de 0,4% m/m frente ao mês de maio, pior que a mediana das projeções de 1,3% (Broadcast+). O resultado no mês refletiu os avanços de Veículos e motos, partes e peças (7,0% m/m) e Material de construção (3,9% m/m). Por outro lado, Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu (-11,5% m/m) apresentou desempenho negativo.

Embora as vendas no varejo tenham apresentado desempenho negativo no mês, vale destacar que este resultado ocorre após cinco meses consecutivos de crescimento, período em que o comercio varejista alcançou o patamar mais elevado da serie histórica. Além disso, a leitura do mês influenciada pelo desempenho negativo da categoria de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que possui um peso importante na composição do índice. Dessa forma, tal resultado não altera nossa perspectiva de resiliência da atividade econômica. Para os próximos meses, avaliamos que a robustez do mercado de trabalho e os efeitos inerciais das políticas fiscais atuarão como importantes vetores de crescimento da economia ao longo do segundo semestre. Nesse sentido, projetamos que a economia brasileira expanda 0,4% t/t no segundo trimestre, de modo que, o crescimento no ano deve ser de 2,2%.

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações

    Vale a pena conferir