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Publicado em 11 de Julho às 12:14:52

PMC (mai/24): Varejo avança 1,2% diante do desempenho mais robusto do Rio Grande do Sul

Em maio, o volume de vendas no setor varejista cresceu 1,2% em relação ao mês imediatamente anterior, acima do teto das projeções de 0,7% m/m (Broadcast+).  Na comparação interanual, o volume de vendas do comércio apresentou alta de 8,1% a/a. Com este resultado, o setor varejista acumulou alta de 3,4% em 12 meses e se encontra 9,8% acima do nível pré-pandemia e no patamar mais elevado já registrado na série histórica. Cabe destacar que a surpresa no mês ficou por conta de um desempenho mais robusto do que o esperado do varejo no Rio Grande do Sul, na nossa avaliação, refletindo o bom desempenho das vendas em Hipermercados e supermercados e de móveis e eletrodomésticos na região.

No que se refere ao varejo restrito, o resultado no mês refletiu o desempenho positivo entre cinco das oito atividades pesquisadas. Nesse sentido, vale destacar Tecidos, vestuário e calçados (2,0% m/m), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7% m/m), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2% m/m) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,2% m/m). Por outro lado, Móveis e eletrodomésticos (-1,2% m/m), Combustíveis e lubrificantes (-2,5% m/m) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,5% m/m) apresentaram desempenho negativos.

No que diz respeito a comparação interanual, o varejo restrito apresentou alta de 8,1% a/a, com avanço em cinco dos oito setores pesquisados. Nesse contexto, Outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,5% a/a), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (13,6% a/a), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,5% a/a), Móveis e eletrodomésticos (2,1% a/a) e Tecidos, vestuário e calçados (2,0% a/a) apresentaram resultados positivos. Enquanto, os demais ficaram no campo negativo na mesma comparação: Livros, jornais, revistas e papelaria (-8,9% a/a), Combustíveis e lubrificantes (-3,2% a/a) e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,2% a/a).

Em relação as vendas no varejo ampliado (que inclui Veículos, Motos, Partes e Peças; Material de Construção; e Atacado de Produtos Alimentícios), houve aumento de 0,8% m/m frente ao mês de abril, melhor que a mediana das projeções de -0,5% (Broadcast+). O resultado no mês refletiu as quedas de 2,0% m/m na variação mensal de Veículos e motos, partes e peças e de 2,1% m/m de Material de construção. Na comparação interanual, apenas Veículos e motos, partes e peças variaram (9,5%% a/a) apresentou desempenho positivo. Por outro lado, Material de construção (-2,1% a/a) e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,9% a/a) apresentaram desempenho negativo.

O resultado de maio aponta para continuidade do processo de expansão do setor varejista que avançou pelo quinto mês consecutivo, acumulando alta de 5,6% no ano. Na nossa avaliação, o desempenho em maio reflete um impacto menor do que o antecipado das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o desempenho do setor, refletindo o forte avanço de grupamentos de atividade mais ligados à comercialização de itens básicos. Dessa forma, apesar do ciclo de política monetária restritivo, os números de atividade seguem reforçando a percepção de resiliência da economia brasileira em 2024. Para os próximos meses, avaliamos que o processo de reconstrução do Rio Grande do Sul aliado à robustez do mercado de trabalho e os efeitos inerciais das políticas fiscais atuarão como importantes vetores de crescimento da economia ao longo do segundo semestre. Nesse sentido, projetamos que a economia brasileira expanda 0,4% t/t no segundo trimestre, de modo que, o crescimento no ano deve ser de 2,2%.

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