Home > Macroeconomia Brasil > PMS (Jan/25): Serviços seguem apresentando tendência de desaceleração

Publicado em 13 de Março às 15:06:48

PMS (Jan/25): Serviços seguem apresentando tendência de desaceleração

Em janeiro, o setor de serviços registrou recuo de 0,2% m/m, vindo pior do que o consenso de mercado (Broadcast+), cuja expectativa era de contração de 0,1% m/m. Este resultado dá continuidade aos números mais fracos de novembro e dezembro que, mesmo após sofrerem revisão, permaneceram ruins, saindo de -1,4% m/m para -0,9% m/m e de -0,5% m/m para 0,0% m/m, respectivamente. Com isso, a média móvel trimestral registrou variação de -0,4% m/m, confirmando a perspectiva de desaceleração do setor.

Na comparação interanual, os serviços registraram alta de 1,6% a/a vindo melhor do que o consenso de mercado (1,3% a/a, Broadcast+). Já as revisões relativas a novembro e dezembro levaram os números de 2,9% a/a e 2,4% a/a para 2,7% a/a e 2,9% a/a, respectivamente.

Assim como em dezembro, o setor de serviços apresentou contração em 3 das 5 grandes categorias pesquisadas tanto na métrica mensal como na anual, sinalizando a repetição de um quadro pior para o setor nessa virada de ano em função do cenário macroeconômico mais adverso com aumento das incertezas domésticas e externas, e com a continuidade do ciclo de alta de juros pelo banco central brasileiro. Os destaques negativos ficaram por conta do segmento de serviços prestados às famílias (-2,4% m/m), dos transportes (-1,8% m/m) e dos serviços profissionais e complementares (-0,5% m/m).

Com o resultado de janeiro, o setor de serviços se encontra 15,9% acima do nível pré-pandemia (fev/20), refletindo os avanços significativos no setor de transportes de cargas (30,9%), de serviços de informação e comunicação (29,5%) e de serviços profissionais e administrativos (17,6%) desde então. Por outro lado, os serviços se situam 1,1% abaixo do patamar recorde registrado em outubro de 2024. Esse número de janeiro deixa um carrego estatístico de -0,2% para o 1º trimestre de 2025 e de 0,8% para o ano cheio.

Mesmo diante da deterioração do cenário macroeconômico (juros mais elevados, piora da dinâmica inflacionária corrente e elevação do risco fiscal), o mercado de trabalho aquecido aliado às políticas de impulso à demanda vem sustentando o consumo doméstico e deve seguir beneficiando a atividade econômica no curto prazo, ainda que em magnitude inferior da observada em 2024. Nesse contexto, avaliamos que o resultado de hoje do setor de serviços impõe um ligeiro viés baixista para o crescimento do PIB do 1º trimestre de 2025.

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações

    Vale a pena conferir