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Publicado em 31 de Maio às 14:11:54

PNAD (abril/22): Desemprego cai para 10,5% no trimestre encerrado em abril

Em abril, a taxa de desemprego surpreendeu positivamente mais uma vez, ficando em 10,5%. O resultado veio melhor que a expectativa mediana do mercado (11,0%, Broadcast), ficando abaixo do piso das projeções (10,7%).  Na série com ajuste sazonal, o desemprego se encontra em 10,25%, o menor valor desde fevereiro de 2016.

Em relação ao trimestre encerrado em janeiro, a força de trabalho aumentou em 385 mil (0,4%), para 107,9 milhões de pessoas, com aumento da população ocupada em 1,084 milhão (1,1%) e redução da população ocupada em 699 mil indivíduos, representando uma queda de 5,8%. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a força de trabalho aumentou em 5,2 milhões (5,1%), com crescimento da população ocupada em 9,03 milhões e queda dos desempregados em 3,84 milhões. A população ocupada (96,5 mi) é a maior para a série histórica, enquanto a população desocupada (11,3 mi) é a menor desde março de 2016.

No mês de abril, entre as ocupações, o destaque vai para a geração de empregos entre os trabalhadores do setor privado, que corresponderam por 72% do total. Vale salientar que 88% dos empregos gerados no setor privado foram com carteira assinada, uma taxa elevada de formalização. Em linha com os últimos meses, houve redução da população ocupada por conta própria (-30 mil). Além disso, houve avanço na ocupação dos trabalhadores domésticos, no setor público e entre os empregadores.

Entre as atividades econômicas, a única que apresentou contração no número de ocupados foi o setor agrícola (-1,7%). O destaque vem sendo o setor de serviços, com avanço em Outros serviços (4,8%), Transportes (3,1%), serviços domésticos (2,7%) e alojamento e alimentação (1,4%). O setor de serviços é muito intensivo em trabalho e com recuperação dos serviços no pós pandemia, o setor vem sendo o driver de crescimento do mercado de trabalho.

Em relação ao rendimento real, houve queda de 7,9% a/a no rendimento médio, porém aumento de 1,9% a/a na massa de rendimentos. Esse cenário corrobora que apesar do salário real médio estar caindo na variação interanual, a massa de rendimentos está crescendo, salientando a retomada do emprego na economia brasileira.  Ou seja, apesar do salário apresentar queda por conta da deterioração via inflação, a massa de rendimentos apresenta crescimento sustentado pela retomada forte do emprego.

O resultado para o mercado de trabalho no mês de abril foi muito positivo: houve queda significativa da taxa de desemprego (abaixo do piso das projeções); geração de empregos com forte queda da população desocupada; parte significativa da ocupação ocorreu via formalidade; e aumento da taxa de participação e da massa de rendimentos.

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