Em agosto, a taxa de desemprego veio em linha com a expectativa mediana do mercado, caindo para 8,9%. Esta foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em agosto desde 2015. Este resultado representa uma queda de 0.9 p.p. na comparação com o trimestre encerrado em maio e de -4,2 p.p. na variação interanual. Na série com ajuste sazonal, o desemprego se encontra em 8,85%.
O resultado do mês, seguindo a tendência dos últimos trimestres, foi positivo. A população ocupada apresentou crescimento robusto, alcançando novamente o patamar mais alto da série, a taxa de desemprego recuou para o patamar mais baixo desde 2015, enquanto a massa salarial e o rendimento real apresentaram crescimento significativo. Além da taxa de participação e o nível da ocupação continuarem em crescimento.
Em relação ao trimestre encerrado em maio, a força de trabalho aumentou em 559 mil (0,5%), para 108,7 milhões de pessoas, foi o maior contingente de pessoas na força de trabalho da série histórica da pesquisa. Houve aumento da população ocupada em 1,5 milhão (1,5%) e redução da população desocupada em 938 mil de indivíduos, representando uma queda de 8,8%. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a força de trabalho aumentou em 3,1 milhões (2,9%), com crescimento da população ocupada em 7,3 milhões e queda dos desempregados em 4,2 milhões.
No período, entre as ocupações, a maior contribuição ocorreu nos trabalhadores do setor privado (50,3% do total), com crescimento de 753 mil trabalhadores ocupados, divididos de forma similar entre formais e informais. Além disso, vale destacar o desempenho no setor público (481 mil), com destaque para os sem carteira assinada; e o grupo dos trabalhadores por conta própria (213 mil), que nesse mês adveio por meio da formalização, enquanto os informais diminuíram.
Nesse trimestre, três atividades influenciaram de forma mais significativa para a queda na taxa de desemprego: o Comércio avançou 3,0% (566 mil) na variação com o trimestre anterior; a administração pública, educação e saúde avançou 2,9% (488 mil) e outros serviços cresceu 4,1% (211 mil).
Diante da retração na inflação em conjunto com a expansão na ocupação com carteira assinada e de empregadores, o rendimento real cresceu 3,1%, enquanto a massa de rendimentos avançou 4,7% na comparação com o trimestre anterior. Os empregados com carteira apresentaram crescimento de 2% (mais R$ 51) enquanto o grupo de empregadores subiu 11,5% (R$ 689). Entre os setores, vale destacar a Agricultura, com crescimento de 7,2% (R$ 123); a Indústria, que subiu 4,4% (R$ 111); o Comércio, com 3,5% (R$ 77); e Informação, Comunicação, com alta de 5,5% (R$ 205) foram as atividades que registraram crescimento no rendimento médio real habitual na comparação com trimestre anterior.