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Publicado em 31 de Agosto às 10:41:52

PNAD (jul/22): Desemprego cai para 9,1% no trimestre encerrado em julho

Em julho, a taxa de desemprego veio em linha com a expectativa mediana do mercado, caindo para 9,1%. Esta foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em julho desde 2015 (8,7%). Este resultado representa uma queda de 1,4 p.p. na comparação com o trimestre encerrado em abril.  Na série com ajuste sazonal, o desemprego se encontra em 9,1%.

O resultado do mês foi muito positivo, com a renovação do contingente recorde de pessoas ocupadas, além de registrar o maior nível de ocupação para o mês (57%) desde julho de 2015. Além de disseminada, a geração de empregos vem acelerando entre os trabalhadores com carteira assinada, e apresenta crescimento da massa de rendimentos. 

Em relação ao trimestre encerrado em abril, a força de trabalho aumentou em 687 mil (0,6%), para 108,5 milhões de pessoas, foi o maior contingente de pessoas na força de trabalho da série histórica da pesquisa. Com aumento da população ocupada em 2,2 milhões (2,2%) e redução da população desocupada em 1,5 milhão de indivíduos, representando uma queda de 12,9%. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a força de trabalho aumentou em 3,5 milhões (3,3%), com crescimento da população ocupada em 8,0 milhões e queda dos desempregados em 4,5 milhões.

No período, entre as ocupações, a maior contribuição ocorreu nos trabalhadores do setor privado (53,6% do total), com ligeira maioria da geração de empregos informais. Além disso, vale destacar a geração de empregos por conta própria (327 mil) e no setor público (544 mil). O número de trabalhadores por conta própria, somados formais e informais, foi estimado em 25,9 milhões, o maior contingente da série histórica.

Entre as atividades econômicas, houve crescimento disseminado em todas as categorias, com destaque para administração pública, educação e saúde (648 mil). Além de fatores sazonais no setor de educação, vem ocorrendo uma recomposição do emprego, não só com a contratação de professores, mas também trabalhadores ligados à prestação de serviços com o retorno das atividades presenciais (Censo Demográfico do IBGE). Além disso, vale destacar a geração de empregos no comércio (692 mil), na indústria (189 mil) e nos serviços prestados às empresas (148 mil).

Em relação ao rendimento real, houve queda de 2,9% a/a no rendimento médio, porém aumento de 6,1% a/a na massa de rendimentos. Na margem, o salário médio cresceu 2,9%, enquanto a massa de rendimentos avançou 5,3%.  Entre as atividades, vemos queda do rendimento real na administração pública (-9,4% a/a), indústria (-5,4% a/a) e serviços às empresas (-3,0% a/a), enquanto os setores de outros serviços (5,8% a/a); agricultura, pesca e pecuária (5,3% a/a); alojamento e alimentação (4,4% a/a) e construção civil (4,3% a/a) foram os principais destaques na ponta positiva.

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