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Publicado em 02 de Setembro às 09:45:42

PNAD (jul/24): taxa de desemprego registra o menor nível da série histórica para o mês de julho

De acordo com o IBGE, no trimestre encerrado em julho de 2024, a taxa de desemprego recuou para 6,8% da força de trabalho, vindo em linha com as estimativas de mercado (Broadcast+), de modo que, registrou queda de 0,7 p.p. em relação à leitura do trimestre móvel encerrado em abril. Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre móvel encerrado em julho na série histórica. Na série com ajuste sazonal, a taxa de desemprego dessazonalizada recuou 0,1 p.p. para 6,8% da força de trabalho no trimestre móvel encerrado em junho.

A população ocupada avançou 1,2% no trimestre (mais 1,2 milhão de pessoas), renovando o patamar recorde da série histórica iniciada em 2012 (102,0 milhões de trabalhadores), e registra avanço de 2,7% no ano (mais 2,7 milhões de pessoas). Por sua vez, a população desocupada registrou significativo recuo de 7,5% no trimestre (menos 783 mil pessoas) e -12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano, de modo que, alcançou o menor contingente de desempregados desde o trimestre móvel encerrado em jan/15.

Já em relação às ocupações, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 38,5 milhões de trabalhadores, sendo esse o novo recorde da série histórica da PNAD contínua. Em relação ao trimestre móvel anterior, houve alta de 0,9% (mais 353 mil trabalhadores). Na mesma direção, o número de empregados sem carteira no setor privado alcançou o patamar de 13,9 milhões, o nível mais elevado já registrado na série histórica, ao avançar 2,8% no trimestre (mais 378 mil pessoas).

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 109,5 milhões de pessoas, registrando o novo recorde da série histórica iniciada em 2012. Este resultado foi derivado do avanço de 0,4% (mais 444 mil pessoas) ante o trimestre encerrado em abr/24 e de 1,5% no ano (mais 1,6 milhão de pessoas). Já a população fora da força de trabalho (66,7 milhões de pessoas) ficou estável tanto no trimestre quanto na comparação anual.

Por fim, o rendimento médio real habitual (R$ 3.206) cresceu 0,7% na comparação trimestral e 4,8% no ano. Por sua vez, a massa de rendimento real habitual avançou 1,9% em relação ao trimestre móvel anterior, de modo que, alcançou o patamar de R$ 322,4 bi, ficando ligeiramente abaixo do nível mais elevado na série histórica registrado no trimestre móvel encerrado em jun/24. Na comparação interanual, a expansão foi de 7,9% a/a, desacelerando em relação aos 9,2% a/a observados no mês imediatamente anterior.

Os números divulgados hoje seguem sugerindo que o mercado de trabalho continuará apresentando um desempenho robusto ao longo do segundo semestre de 2024. Por um lado, avaliamos que a resiliência do mercado de trabalho atua como um dos principais impulsionadores da atividade econômica em 2024, indo na direção da nossa avaliação que o consumo será o principal driver de crescimento. Por outro lado, o superaquecimento do mercado de trabalho capturado, principalmente, pela dinâmica de salários e massa de rendimento que avança em ritmo incondizente com o cumprimento da meta da inflação são importantes fatores de risco altistas para a dinâmica de preços no ano. Com o resultado de hoje, revisamos nossa projeção de taxa de desemprego para o final do ano de 6,8% para 6,5% da força de trabalho, de modo que, a taxa de desemprego média do ano deva ficar em 7,1%.

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