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Publicado em 30 de Junho às 11:11:59

PNAD (maio/22): Desemprego cai para 9,8% no trimestre encerrado em maio

Em maio, a taxa de desemprego, novamente, surpreendeu positivamente, ficando em 9,8%. O resultado veio melhor que a expectativa mediana do mercado (10,2%, Broadcast), ficando abaixo do piso das projeções (9,9%).  Na série com ajuste sazonal, o desemprego se encontra em 9,6%, o menor valor desde novembro de 2015.

O resultado do mês foi muito positivo, com significativo aumento da população ocupada e disseminado entre as categorias, em conjunto com a queda da população desocupada. Além de disseminada, a geração de empregos vem acelerando entre os trabalhadores com carteira assinada. Além disso, a taxa de participação e a massa de rendimentos apresentaram crescimento. 

Em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, a força de trabalho aumentou em 898 mil (0,8%), para 108,1 milhões de pessoas, com aumento da população ocupada em 2,3 milhões (2,4%) e redução da população ocupada em 1,4 milhão de indivíduos, representando uma queda de 11,5%. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a força de trabalho aumentou em 4,8 milhões (4,6%), com crescimento da população ocupada em 9,4 milhões e queda dos desempregados em 4,6 milhões. A população ocupada (97,5 mi) é a maior para a série histórica, enquanto a população desocupada (10,6 mi) é a menor desde fevereiro de 2016.

No mês de maio, entre as ocupações, a maior contribuição ocorreu nos trabalhadores do setor privado (66% do total), com destaque para geração de empregos formais. Além disso, vale destacar a geração de empregos por conta própria (303 mil) e no setor público (273 mil).

Entre as atividades econômicas, houve crescimento disseminado em diversas categorias, com destaque para administração pública, educação e saúde (466 mil). Com o retorno das aulas presenciais, vem ocorrendo uma recomposição do emprego, não só com a contratação de professores, mas também trabalhadores ligados à prestação de serviços e infraestrutura dos estabelecimentos de ensino. Além desse setor, vale destacar a geração de empregos nos serviços prestados às empresas (312 mil), indústria (312mil) e comércio (280 mil). O único setor que não apresentou crescimento no trimestre foi o agropecuário (-21 mil).

Em relação ao rendimento real, houve queda de 7,2% a/a no rendimento médio, porém aumento de 3,0% a/a na massa de rendimentos. Na margem, o salário médio cresceu 0,7%, enquanto a massa de rendimentos avançou 3,2%.  Entre as atividades, vemos queda do rendimento real na administração pública (-13% a/a), indústria (-7% a/a), serviços às empresas (-7%) e alojamento e alimentação (-5%), enquanto os setores da construção civil (4%) e Transportes (6%) apresentam crescimento.

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