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Publicado em 28 de Janeiro às 12:11:03

Pnad (nov/21): Taxa de desemprego recua a 11,6% puxado por serviços e comércio

A taxa de desemprego foi de 11,6% no trimestre encerrado em novembro. O resultado veio em linha com o consenso de mercado. Houve uma queda de 2,8 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado e -1,6 p.p. em relação ao trimestre encerrado em agosto. Na série com ajuste sazonal, o desemprego também apresentou queda, ficando em 12,2%.

O número de pessoas na força de trabalho foi de 107,3 milhões, aumento de 1,7 milhões de trabalhadores em relação ao trimestre encerrado em agosto, puxado pelo crescimento da população ocupada (3,2 milhões). Já o número de pessoas desocupadas recuou em 1,5 milhão no mesmo período. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a força de trabalho cresceu 6,2% (mais 6,2 milhões de pessoas).

A população ocupada foi de 94,9 milhões, aumento de 3,5% em relação ao trimestre anterior (3,2 milhões de pessoas a mais em relação ao trimestre encerrado em agosto). Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve crescimento de 9,7% (aumento de 8,4 milhões de pessoas).

O crescimento da população ocupada continua sendo concentrado nos trabalhadores do setor privado e por conta própria. A geração de empregos no setor privado vem ganhando relevância nos últimos meses, com a desaceleração dos empregos por conta própria. Nos últimos trimestres, os empregos por conta própria representavam cerca de 35% do total de empregos criados. Agora, esse número está em 18,4%. Das 3,2 milhões de pessoas a mais ocupadas em relação ao trimestre encerrado em agosto, 588 mil foi de trabalhadores por conta própria (sendo 264 mil de informais e 324 mil formais) e 2,16 milhões de trabalhadores no setor privado (sendo 1,3 milhão de formais e 838 mil de informais).

O crescimento da ocupação no trimestre encerrado em novembro ocorreu em sete das dez atividades pesquisadas. As maiores contribuições vieram do setor de comércio (719 mil), indústria (439 mil), alojamento e alimentação (438 mil), outros serviços (403 mil) e serviços domésticos (321 mil). Cerca de 67,5% da ocupação no trimestre ocorreu no setor de serviços e comércio (2,16 milhões), sendo segmentos de caráter presencial beneficiados pela reabertura econômica.

O nível de ocupação (população ocupada sobre a população em idade ativa), ficou em 55,1%, aumento de 1,7 p.p. em relação ao trimestre encerrado em agosto. O nível de ocupação se aproxima da média histórica da série (55,7%) e do nível pré pandemia (56%).  

Em relação ao rendimento real, tivemos redução de 4,5% no rendimento médio habitual em relação ao trimestre encerrado em agosto e de -11,4% na variação interanual. Já a massa de rendimentos apresentou ficou estável em relação ao mesmo período.

Nossa projeção preliminar para o próximo mês para a taxa de desemprego é de 11,3%.

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