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Publicado em 19 de Janeiro às 11:44:10

PNAD (nov/22): Desemprego cai para 8,1% no trimestre encerrado em novembro

De acordo com o IBGE, no trimestre móvel encerrado em novembro, a taxa de desemprego ficou em 8,1% da força de trabalho. Desse modo, o resultado veio pior do que o consenso de mercado que projetava 8,0% (Broadcast+) para o mesmo período. Com este resultado, a taxa de desocupação recuou 0,9 p.p. em relação ao trimestre anterior (jun/22 a ago/22) e 3,5 p.p. ante o mesmo período do de 2021. Esta foi a menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel encerrado em abril/15.

Portanto, por mais um mês consecutivo o mercado de trabalho mostrou sua força. Tanto o rendimento real habitual como a massa salarial mostraram ganhos significativos. De modo semelhante, a população ocupada atingiu novamente o recorde da série histórica e a taxa de informalidade caiu (-0,8 p.p.). Além disso, a taxa de ocupação avançou (+0,3 p.p.) por mais um mês e a taxa composta de subutilização ficou em 18,9% (-0,6 p.p.), o menor patamar desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2016, ao passo que a população subutilizada caiu 8,4% no trimestre e 24,6% na comparação anual. Embora os dados da PNAD Contínua sigam sinalizando a robustez do mercado de trabalho, os primeiros sinais de perda de fôlego já podem ser observados, com uma queda mais modesta da taxa de desocupação, em linha com os resultados mais fracos dos indicadores de atividade setorial observados nos últimos meses de 2022.

No que se refere à força de trabalho, esta se contraiu 0,3% em relação ao trimestre móvel encerrado em agosto (menos 272 mil pessoas), que pode estar sendo impactada pela expansão das políticas de transferência de renda ao longo de 2022. Contudo, se expandiu 1,0% (1,1 milhão de pessoas) frente ao mesmo período de 2021, de modo que, atingiu o patamar de 108,4 milhões de pessoas. Já a população ocupada avançou 0,7% (680 mil pessoas) na mesma base de comparação e 5,0% no ano, haja vista que mais 4,8 milhões de pessoas agora compõem a população ocupada. Desse modo, a taxa de ocupação (percentual das pessoas ocupadas na população em idade para trabalhar) avançou 0,3 p.p. no trimestre e 2,0 p.p., no ano, chegando a 57,4% – o nível mais alto desde o trimestre móvel findo em junho de 2015. Além disso, houve uma redução de 952 mil pessoas na população desocupada, o que representa uma queda de 9,8% em relação ao trimestre móvel findo em agosto. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a queda foi de 29,5%, o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em jun/15.

Já em relação às ocupações, o setor privado criou 816 mil postos de trabalho com carteira assinada e 149 mil postos sem carteira, o que representa um crescimento de 2,0% dos trabalhadores no setor privado em relação em trimestre anterior e 8% (mais 3,7 milhões de pessoas) na comparação ano a ano. Além disso, cabe destacar a contração no número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) que recuou 1,4% em relação ao trimestre anterior, entretanto, recuou 1,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (menos 342 mil pessoas).

Cinco segmentos influenciaram de forma mais significativa a ampliação da população ocupada em relação ao trimestre anterior, são elas: Administração Pública, Educação e Saúde (+1,8%), com o aumento de 319 mil pessoas ocupadas; Serviços Prestados às Empresas (+2,6%) e aumento de 307 mil; Indústria (+1,3%) e a elevação de 165 mil ocupações; Transporte, Armazenagem e Correio (+2,5%) e mais 128 mil pessoas; e Outros Serviços (+1,7%) e alta de 91 mil. Juntos, tais segmentos contribuíram com 73,3% do fluxo de pessoas para a população ocupada frente ao trimestre imediatamente anterior.

Por fim, no que se refere ao rendimento médio e à massa salarial, houve um crescimento de 3,0% e 3,8%, respectivamente, na comparação trimestre a trimestre. Já na comparação ano a ano, houve um crescimento de 7,1% do rendimento real habitual (o qual somou R$ 2,787 mil) e de 13,0% da massa salarial (R$ 273 bilhões). Os principais destaques para o aumento do rendimento médio real frente ao trimestre anterior foram: Construção Civil (+7,5%); Transporte, Armazenagem (+5,9%); e Alojamento e Alimentação (+5,7%).  

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