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Publicado em 28 de Dezembro às 15:19:45

Pnad (out/21): Taxa de desemprego recua para 12,1%, próxima do piso das expectativas

A taxa de desemprego foi de 12,1% no trimestre encerrado em outubro, resultado melhor que o projetado pelo mercado (mediana do mercado era de 12,3%, Bloomberg), ficando próximo ao piso das expectativas (12%). Além disso, houve uma queda de 2,5 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado e -1,6 p.p. em relação ao trimestre encerrado em julho. Na série com ajuste sazonal, o desemprego também apresentou queda, ficando em 12,3%.

O número de pessoas na força de trabalho foi de 106,9 mi, um aumento de 1,8 milhões de trabalhadores em relação ao trimestre encerrado em julho, puxado pelo crescimento da população ocupada (3,3 milhões). Já o número de pessoas desocupadas recuou em 1,5 milhão no mesmo período. Com isso, em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a força de trabalho cresceu 7,0% (mais 7 milhões de pessoas).

A população ocupada foi de 94 milhões, aumento de 3,6% em relação ao trimestre anterior (3,3 milhões de pessoas a mais em relação ao trimestre encerrado em julho). Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve crescimento de 10,2% (aumento de 8,7 milhões de pessoas).

O crescimento da população ocupada continua sendo concentrado nos trabalhadores do setor privado e por conta própria. Todavia a geração de empregos no setor privado vem ganhando relevância nos últimos meses, com a desaceleração dos empregos por conta própria. Nos últimos trimestres, os empregos por conta própria representavam cerca de 35% do total de empregos criados, mas, agora, esse número está em 19,4%. Por outro lado, o emprego no setor privado que gerava cerca de 55% dos empregos, agora está acima de 70% do total.  Das 3,3 milhões de pessoas a mais ocupadas em relação ao trimestre encerrado em julho, 638 mil foi de trabalhadores por conta própria (sendo 382 mil de informais e 256 mil formais) e 2,4 milhões de trabalhadores no setor privado (sendo 1,3 milhão de formais e 1,03 milhão de informais).

O crescimento da ocupação no trimestre encerrado em outubro ocorreu em oito das dez atividades pesquisadas. As maiores contribuições vieram do setor de comércio (1,1 milhão), indústria (535 mil), alojamento e alimentação (500 mil), construção civil (455 mil) e serviços domésticos (401 mil). Cerca de 70% da ocupação no trimestre ocorreu no setor de serviços e comércio (2,3 milhões), sendo segmentos de caráter presencial beneficiados pela reabertura econômica.

O nível de ocupação (população ocupada sobre a população em idade ativa), ficou em 54,6%, aumento de 1,8 p.p. em relação ao trimestre encerrado em julho. Assim, o resultado se aproxima da média histórica da série (55,7%) e do nível pré pandemia (56%).  

Em relação ao rendimento real, tivemos redução de 4,6% no rendimento médio habitual em relação ao trimestre encerrado em julho e de -11,1% na variação interanual. Já a massa de rendimentos apresentou queda de 1,1% em relação ao último trimestre encerrado em julho.

Nossa projeção preliminar para o próximo mês para a taxa de desemprego é de 11,7%.

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