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Publicado em 29 de Novembro às 15:52:00

PNAD (out/24): Taxa de desemprego cai a 6,2%, menor patamar da série histórica

De acordo com o IBGE, no trimestre encerrado em outubro de 2024, a taxa de desemprego recuou para 6,2% da força de trabalho, vindo ao encontro da mediana das estimativas de mercado (Broadcast+), de modo que, registrou queda de 0,2 p.p. em relação à leitura do trimestre móvel encerrado em setembro. Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre móvel encerrado em outubro na série histórica.

A população ocupada avançou 1,5% no trimestre ago-out/24 em relação ao trimestre mai-jul/24 (mais 1,6 milhão de pessoas), renovando o patamar recorde da série histórica iniciada em março de 2012 (103,6 milhões de trabalhadores), além de ter registrado avanço de 3,4% em relação ao mesmo trimestre móvel encerrado em outubro do ano anterior (mais 3,4 milhões de pessoas). Por sua vez, a população desocupada registrou recuo significativo de -7,9% no trimestre (menos 590 mil pessoas) e -17,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) em relação ao trimestre móvel encerrado em outubro de 2023, de modo que alcançou o menor contingente de desocupados desde dezembro de 2014.

Já em relação às ocupações, o número de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 39,0 milhões de trabalhadores, um novo recorde da série histórica da PNAD contínua. Em comparação com o trimestre móvel encerrado em julho, houve alta de 1,2% (mais 479 mil trabalhadores). Na mesma direção, o número de empregados sem carteira no setor privado alcançou o patamar de 14,4 milhões, o nível mais elevado já registrado, ao avançar 3,7% no trimestre encerrado em outubro em relação ao trimestre encerrado em julho (mais 517 mil pessoas).

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 110,5 milhões de pessoas, registrando o novo recorde da série histórica iniciada em março de 2012. Este resultado foi derivado do avanço de 0,9% (mais 989 mil pessoas) ante o trimestre encerrado em julho de 2024 e de 1,8% em doze meses (mais 2,0 milhões de pessoas). Já a população fora da força de trabalho (66,1 milhões de pessoas) recuou 0,9% na comparação trimestral (menos 623 mil pessoas) e -0,8% na comparação anual (menos 523 mil pessoas).

Por fim, o rendimento médio real habitual (R$ 3.237) avançou 0,8% no trimestre e 3,9% em comparação com o trimestre móvel encerrado em outubro de 2023. Por sua vez, a massa de rendimento real habitual apresentou expansão de 2,4% no trimestre ago-out/24 em relação ao trimestre mai-jul/24, e avançou 7,7% na comparação anual, de modo que alcançou o patamar de R$ 332,6 bilhões.

Os números divulgados seguem sugerindo que o mercado de trabalho continuará apresentando um desempenho robusto nesse último trimestre de 2024. Por um lado, avaliamos que a resiliência do mercado de trabalho atua como um dos principais impulsionadores da atividade econômica em 2024, corroborando a nossa avaliação que o consumo será o principal vetor de crescimento. Por outro lado, o aperto do mercado de trabalho, capturado, principalmente, pela dinâmica de salários e massa de rendimento, que avança em ritmo incondizente com o cumprimento da meta da inflação, são importantes fatores de risco altista para a dinâmica de preços. Em vista disso, podemos ter uma taxa de desemprego que surpreenda e venha a encerrar o ano abaixo de 6,0% da força de trabalho.

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