▪ A taxa de desemprego foi de 12,6% no trimestre encerrado em setembro. O resultado veio melhor que o projetado pelo mercado (mediana do mercado era de 12,9%, Bloomberg), representando uma queda de 2,3 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado e -1,6 p.p. em relação ao trimestre encerrado em junho. Na série com ajuste sazonal, o desemprego também apresentou queda, ficando em 12,6%.
▪ O número de pessoas na força de trabalho foi de 106,4 mi, aumento de 2,2 milhões de trabalhadores em relação ao trimestre encerrado em junho, puxado pelo crescimento da população ocupada (3,6 milhões). Já o número de pessoas desocupadas recuou em 1,4 milhão no mesmo período. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a força de trabalho cresceu 8,6% (mais 8,4 milhões de pessoas).
▪ A população ocupada foi de 93 milhões, aumento de 4,0% em relação ao trimestre anterior (3,6 milhões de pessoas a mais em relação ao trimestre encerrado em junho). Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve crescimento de 11,4% (aumento de 9,5 milhões de pessoas).
▪ O crescimento da população ocupada reflete o crescimento do emprego nos trabalhadores por conta própria e nos trabalhadores do setor privado (com destaque para o emprego formal). Das 3,6 milhões de pessoas a mais ocupadas em relação ao trimestre encerrado em junho, 818 mil foi de trabalhadores por conta própria (sendo 360 mil de informais e 458 mil formais) e 2,5 milhões de trabalhadores no setor privado (sendo 1,4 milhão de formais e 1,1 milhão de informais).
▪ O crescimento da ocupação no trimestre encerrado em setembro ocorreu em oito das dez atividades pesquisadas. As maiores contribuições vieram do setor de comércio (1,2 milhões), indústria (721 mil), construção civil (489 mil), alojamento e alimentação (486 mil) e serviços domésticos (443 mil). Cerca de 65% da ocupação no trimestre ocorreu no setor de serviços e comércio (2,4 milhões), sendo segmentos de caráter presencial beneficiados pela reabertura econômica.
▪ O nível de ocupação (população ocupada sobre a população em idade ativa), ficou em 54,1%, aumento de 2,0 p.p. em relação ao trimestre encerrado em junho. O nível de ocupação se aproxima da média histórica da série (55,7%) e do nível pré pandemia (56%).
▪ Em relação ao rendimento real, tivemos redução de 4% no rendimento médio habitual em relação ao trimestre encerrado em junho e de -11,1% na variação interanual. Já a massa de rendimentos se manteve praticamente estável na comparação com o último trimestre (-0,1%).
▪ Importante destacar que houve reponderação dos dados por sexo e idade na Pnad pelo IBGE. Com a pandemia, a pesquisa deixou de ser feita presencialmente e passou a ser via telefone. As séries da Pnad e do Caged começaram a apresentar grandes divergências. Nesse sentido, a reponderação do IBGE caminha para um cenário de maior recuperação do mercado formal de trabalho que vinha sendo indicado pelo CAGED (o número de trabalhadores com carteria aumentou em 2 milhões de pessoas no fim do 2º trimestre de 2021 em relação a série antiga).