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Publicado em 27 de Outubro às 11:46:40

PNAD (set/22): Desemprego cai para 8,7% no trimestre encerrado em setembro

Em setembro, a taxa de desemprego veio em linha com a expectativa mediana do mercado, caindo para 8,7%. Esta foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em setembro desde 2015. Este resultado representa uma queda de 0,6 p.p. na comparação com o trimestre encerrado em junho e de -3,9 p.p. na variação interanual.  Na série com ajuste sazonal, a taxa de desocupação se encontra em 8,79%.

O resultado do mês, seguindo a tendência dos últimos trimestres, foi positivo. A população ocupada apresentou crescimento robusto, com queda da taxa de informalidade, alcançando novamente o patamar mais alto da série. Já a taxa de desemprego recuou para o patamar mais baixo desde dezembro de 2015, enquanto a massa salarial e o rendimento real apresentaram crescimento significativo. Além da taxa de participação e o nível da ocupação continuarem em crescimento. Por fim a taxa composta de subutilização ficou em 20,1%, o menor nível desde março de 2016.

Em relação ao trimestre encerrado em junho, a força de trabalho aumentou em 380 mil (0,4%), para 108,7 milhões de pessoas, novamente registrando o patamar mais alto da série histórica. Houve aumento da população ocupada em 1,0 milhão (1,0%), o recorde da série iniciada em 2012, frente ao trimestre anterior e de 6,8% (6,3 milhões) no ano. Além disso, houve redução da população desocupada em 621 mil, representando uma queda de 6,2% no trimestre e de 29,7% (4 milhões) no ano. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a força de trabalho aumentou em 2,3 milhões (2,2%), com crescimento da população ocupada em 6,3 milhões e queda dos desempregados em 4 milhões.

No período, entre as ocupações, a maior contribuição ocorreu nos trabalhadores do setor privado (65,1% do total), com crescimento de 651 mil trabalhadores ocupados, com destaque para a criação de postos de trabalho formais (483 mil), que atingiu o maior patamar (13,2 milhões de pessoas) da série histórica. Além disso, vale destacar o desempenho no setor público (291 mil), com destaque para os sem carteira assinada (317 mil), que vem apresentando resultados positivos nos últimos três trimestres em função da recuperação do segmento de educação e saúde. Por fim, o grupo dos trabalhadores por conta própria recuaram (-30 mil), em decorrência do resultado do avanço dos trabalhadores com CNPJ (245 mil) ter sido mais do que compensado pela contração dos trabalhadores sem CNPJ (-275 mil).

Nesse trimestre, três atividades influenciaram de forma mais significativa para a queda na taxa de desemprego em relação ao trimestre anterior: Outros Serviços avançaram 6,8% (348 mil); a Administração Pública, Educação e Saúde avançou 1,8% (315 mil); e o Comércio avançou 1,5% (275 mil). Juntos estes segmentos contribuíram com 73,7% do total de vagas ocupadas.

Diante da retração na inflação em conjunto com a expansão na ocupação com carteira assinada e de empregadores, o rendimento real cresceu 3,7%, enquanto a massa de rendimentos avançou 4,8% na comparação com o trimestre anterior.  Os empregados com carteira apresentaram crescimento de 2,8% (mais R$ 71) enquanto o grupo de empregadores subiu 10,0% (R$ 613).  Entre os setores, vale destacar a Agricultura, com crescimento de 10,7% (R$ 179); o Comércio, que subiu 4,4% (R$ 96); a Indústria, com 3,4% (R$ 86); e Serviços Prestados às Empresas, com alta de 3,8% (R$ 144) foram as atividades que registraram crescimento no rendimento médio real habitual na comparação com trimestre anterior.

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