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Publicado em 03 de Abril às 12:16:43

Produção Industrial (fev/24): queda de 0,3% m/m, pior do que as estimativas do mercado

Em fevereiro, a Produção Industrial recuou 0,3 % na comparação mensal, na série com ajuste sazonal, vindo pior que a mediana das projeções (0,2% m/m, Broadcast+), acumulando queda de 1,8% nas últimas duas leituras. Nesse sentido, apenas uma das quatro grandes categorias apresentaram redução da produção. Os destaques vão para Bens de capital (1,8% m/m), Bens de consumo duráveis (3,6% m/m) e Bens de consumo semiduráveis (0,4% m/m). Por outro lado, Bens intermediários (-1,2% m/m) apresentou desempenho negativo. Na comparação interanual, a indústria avançou 5,0% a/a, o sétimo resultado positivo consecutivo.

Com este resultado, a Indústria ainda se encontra 1,1% abaixo do patamar observado durante o período pré-pandemia (fev/20), reflexo de uma indústria de transformação que se encontra 1,8% abaixo do nível pré-Covid, ao passo em que a indústria extrativa se encontra 4,2% acima do patamar observado em fevereiro de 2020. Além disso, a atividade industrial se encontra 17,7% abaixo do recorde (mai/11), deixando um carrego estatístico de 0,5% para o primeiro trimestre e de 0,4% para 2024.

Os dados apontam para a predominância de taxas positivas, visto que 3 das 4 grandes categorias e 13 dos 25 ramos industriais apresentaram crescimento. Entre as atividades pesquisadas, os destaques negativos são Produtos químicos (-3,5% m/m), eliminando parte da expansão de 7,4% observada no mês imediatamente anterior, Indústrias extrativas (-0,9% m/m), acumulando queda de 7,8% no ano, e Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0% m/m). Na direção oposta, entre as 13 atividades com crescimento na produção, vale destacar que o bom desempenho assinalado em veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5% m/m) e celulose, papel e produtos de papel (5,8% m/m) e produtos de minerais não metálicos (4,5% m/m).

Na comparação anual, a indústria apresentou crescimento de 5,0%, com resultado positivo nas 4 grandes categorias econômicas e em 20 dos 25 ramos de atividade. Nesse contexto, as influências positivas foram produtos alimentícios (8,3% a/a), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,5% a/a), indústrias extrativas (5,3% a/a) e veículos automotores, reboques e carrocerias (9,8% a/a). Por outro lado, entre as cinco atividades que mostraram redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-17,5% a/a) exerceu a maior influência na formação da média da indústria.

Comparando a atividade industrial das categorias com o nível registrado no período pré-pandemia temos que 9 delas já retomaram e ultrapassaram o patamar anterior. Dentre elas se destacam: Produtos Alimentícios (5,1%), Fumo (26,6%), Derivados de Petróleo (7,3%) e Veículos (24,2 %). Por sua vez, entre as categorias de uso, apenas Bens intermediários (1,8%) e Bens de capital (7,3%) se encontram acima do nível pré-pandemia, ao passo em que Bens de Bens de consumo duráveis e semiduráveis se encontram 13,7% e 4,5% abaixo do nível de fevereiro de 2020, respectivamente.

Na nossa visão, apesar da variação negativa de 0,3% em fevereiro, observa-se um perfil disseminado de taxas positivas, em que 13 dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram crescimento. Os destaques negativos foram Produtos químicos (-3,5% m/m), eliminando parte da expansão de 7,4% observada no mês imediatamente anterior e Indústrias extrativas (-0,9% m/m), acumulando queda de 7,8% no ano. Por fim, na comparação anual, o setor industrial cresceu 5,0% com resultados positivos em 4 das 4 grandes categorias econômicas e em 20 dos 25 ramos. Assim, tal desaceleração na margem não altera nosso cenário de crescimento de 0,5% t/t do PIB no primeiro trimestre de 2024.

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