Em agosto, a Produção Industrial avançou 0,1% m/m na comparação mensal, em linha com a mediana das projeções de mercado (Broadcast+). Apesar do resultado positivo, apenas duas das quatro grandes categorias e 7 dos 25 grupos pesquisados avançaram, com destaque para Bens de Capital (-4,0% m/m) e Bens de consumo duráveis (-1,3% m/m).
Com este resultado, a indústria se encontra 1,5% acima do nível pré-pandemia (fev/20), refletindo a combinação entre a Indústria Extrativa e da Transformação que se encontram 5,8% e 0,6%, respectivamente, acima deste patamar. Além disso, a atividade industrial se encontra 15,4% abaixo do patamar recorde da série histórica (mai/11) e deixa um carrego estatístico de 1,0% para o terceiro trimestre e de 2,5% para o ano.
Entre as atividades pesquisadas, o destaque veio de indústrias extrativas, que cresceu 1,1% nesse mês, após recuar 2,2% em julho quando interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção. Além disso, vale destacar as contribuições de setores de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6% m/m), de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0% m/m) e de Produtos químicos (0,7% m/m). Por outro lado, Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2% m/m), Produtos de metal (-4,0% m/m), Metalurgia (-2,5% m/m), Bebidas (-3,4% m/m) foram as contribuições negativas da leitura deste mês.
De maneira geral, apesar do resultado positivo deste mês, ocorreu uma predominância de resultados negativos, com 18 dos de 25 ramos industriais mostrando recuo na produção. Ainda assim, no acumulado nos últimos 12 meses, o avanço de 2,4% manteve taxa positiva e intensificou o ritmo de expansão frente aos resultados de julho (2,2%), de junho (1,5%) e de maio de 2024 (1,2%). De maneira geral, tal resultado não parece alterar a tendência positiva para o setor industrial. Por fim, projetamos um crescimento do PIB de 2,9% em 2024.