Em setembro, a Produção Industrial avançou 1,1% m/m na comparação mensal, ligeiramente acima da mediana das projeções de mercado de 1,0% (Broadcast+). Nesse sentido, três das quatro grandes categorias e 12 dos 25 grupos pesquisados avançaram, com destaque para Bens de Capital (4,2% m/m).
Com este resultado, a indústria se encontra 3,1% acima do nível pré-pandemia (fev/20), refletindo a combinação entre a Indústria Extrativa e da Transformação que se encontram 4,0% e 3,0%, respectivamente, acima deste patamar. Além disso, a atividade industrial se encontra 14,1% abaixo do patamar recorde da série histórica (mai/11) e deixa um carrego estatístico de 0,8% para o quarto trimestre e de 3,1% para o ano.
Entre as atividades pesquisadas, o destaque veio de Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3% m/m) e Produtos alimentícios (2,3% m/m), com as duas voltando a crescer após recuarem nos meses de agosto e julho de 2024, período em que acumularam perdas de 3,5% e de 4,2%, respectivamente. Além disso, veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5% m/m), de produtos do fumo (36,5% m/m), de metalurgia (2,4% m/m) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,3% m/m) também apresentaram resultados positivos. Por outro lado, Indústrias extrativas (-1,3% m/m) e produtos químicos (-2,7% m/m) exerceram os principais impactos negativos na média da indústria, com a primeira voltando a recuar após avançar 1,0% no mês anterior e a segunda interrompendo três meses seguidos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 10,5%.
De maneira geral, tal resultado corrobora a tendência positiva do setor industrial. Dessa forma, além do crescimento de 1,1% na comparação mensal, acima das expectativas, vale destacar a evolução do índice de difusão para 62,2%, ante 56,0% no mês anterior. Por fim, projetamos um crescimento do PIB de 2,9% em 2024.