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Publicado em 15 de Outubro às 18:30:26

Resumo Semanal – 15/10

Cenário Doméstico

Setor de serviços – PMS (agosto)

Em agosto, o setor de serviços avançou 0,5% na comparação com julho, acima da expectativa mediana do mercado (0,4%, Broadcast). Na comparação interanual houve crescimento de 16,7% a/a (resultado influenciado pela base de comparação baixa).

Houve avanço em quatro das cinco atividades, com destaque para os serviços de informação e comunicação (1,2% m/m), transportes (1,1% m/m) e serviços prestados às famílias (4,1%). As atividades de caráter presencial (transportes, alojamento e alimentação) continuam impactando positivamente o indicador diante do aumento na mobilidade. Além disso, tivemos avanço em outros serviços (1,5% m/m) e recuo dos serviços profissionais e administrativos (-0,4% m/m).

 Os serviços de informação e comunicação foram os que mais impactaram positivamente o índice. Outro destaque positivo ficou com os transportes. A categoria foi influenciada pelo avanço do transporte aéreo, que avançou 7,4% m/m. Além disso, vale destacar o crescimento do índice de atividades turísticas (IATUR-PMS), que avançou 4,6%, sendo a quarta taxa positiva consecutiva (crescimento acumulado de 49,1% nesse período).

Com cinco meses seguidos de crescimento, o setor acumula alta de 6,5% no período, encontrando-se 4,6% acima do período pré pandemia, sendo o patamar mais alto desde novembro de 2015. Com  o avanço, os serviços estão 7,1% abaixo do recorde da série (novembro de 2014).

IBC-Br (agosto)

Em agosto, o índice de atividade do Banco Central recuou 0,15% em relação ao mês anterior, em  linha com a expectativa mediana do mercado que projetava contração de 0,1% m/m (Broadcast). Na comparação interanual houve crescimento de 4,7% (a base de comparação é baixa). 

Tivemos novamente revisões na série por conta dos ajustes sazonais. Nos meses mais recentes, as revisões foram negativas. Em junho caiu de 0,9% para 0,2% e em julho de 0,6% para 0,2%.

O indicador do Banco Central foi impactado pelo recuo do varejo (-3,1% m/m) e pela contração do setor industrial (-0,7% m/m).

Com o recuo no mês de agosto em conjunto com as revisões na série, o IBC-Br encontra-se 0,2% abaixo do período pré pandemia (fevereiro 2020). No ano, o índice apresenta crescimento de 6,4% e nos últimos 12 meses elevação de 4,0%. Além disso, encontra-se 6,3% abaixo do nível mais alto da série (dezembro de 2013).

Cenário Externo

Inflação Americana – CPI (setembro)

A variação do índice de preços do consumidor (CPI) foi de 0,4% em setembro ante um crescimento de 0,3% em agosto na série com ajuste sazonal. Este resultado ficou acima da mediana das projeções de mercado de 0,3%. Por sua vez, a taxa de inflação nos últimos 12 meses foi de alta de 5,4% ficando 0,1 p.p. acima da projeção de mercado.

Os índices de alimentos e habitação (shelter) apresentaram altas no mês de setembro e juntos contribuíram por mais da metade da variação do índice headline (+34,8 b.p.).

O grupo de alimentos avançou 0,9% em setembro, obtendo assim, uma aceleração em relação ao mês de agosto (+0,4%). O índice de energia teve alta de 1,3% em setembro, ante 2% em agosto. Este resultado foi influenciado, principalmente, pela alta de 1,2% no índice de gasolina, que desacelerou 1,6 p.p. em relação à variação registrada no último mês.

No que diz respeito ao núcleo (excluí alimentos e energia) da inflação, a variação mensal foi de 0,2%, resultado em linha com a projeção de mercado. No interanual, observou-se um crescimento de 4%, também em linha com as expectativas.

Vendas no varejo (setembro)

As vendas no varejo avançaram 0,7% m/m em setembro, muito acima da expectativa mediana do mercado que aguardava contração de 0,3% m/m. Já o núcleo das vendas no varejo (exclui automóveis, gasolina, materiais de construção) cresceram 0,8% m/m (expectativa de 0,4% m/m).

Além disso, tivemos revisão no crescimento do mês anterior, passando de 0,7% m/m para 0,9% m/m.

Próxima Semana

1- No domingo, teremos a divulgação do PIB da China para o 3º trimestre. A expectativa do mercado é crescimento de 0,4% t/t e 5,0% a/a. Além disso, serão divulgados dados de setembro para o varejo e indústria chinesa.

2- Na sexta feira, será divulgado o dado para o setor externo brasileiro em setembro. A expectativa do mercado é superávit de R$1,4 bi na conta-corrente e R$ 4,2 bi nos investimentos diretos.

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