Com isso, o setor de serviços se encontra 12,9% acima do nível pré-pandemia e 0,7% abaixo do pico da série histórica alcançado em dez/22. Assim, o setor de serviços deixa um carrego estatístico de 0,7% para o segundo trimestre e de 1,3% para o ano cheio de 2024.
Na comparação mensal, três das cinco atividades investigadas acompanharam a expansão do índice, com destaque para o avanço do segmento de transportes (1,7% m/m) e de outros serviços (5,0% m/m), acumulando altas de 2,5% e 5,3% nas últimas duas leituras. Além disso, o grupo de informação e comunicação (0,4% m/m) também apresentou resultado positivo, atingindo o maior patamar da série histórica. Por outro lado, os desempenhos negativos foram os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1% m/m) e os prestados às famílias (-1,8% m/m).
Na comparação anual, o volume do setor de serviços avançou 5,6% a/a, revertendo o resultado negativo observado na última leitura. Nesse sentido, vale destacar a difusão da leitura, com 66,9% dos 166 tipos de serviços investigados acompanhando o desempenho positivo do índice. Nesse sentido, o setor de informação e comunicação (7,7% a/a) exerceu o principal impacto positivo. Além disso, serviços profissionais, administrativos e complementares (6,0% a/a); transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,4% a/a); outros serviços (10,2% a/a) e serviços prestados às famílias (3,1%) também tiveram desempenho positivo. Em contrapartida, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,8% a/a) exerceram a única influência negativa.
Em abril de 2024, o índice de atividades turísticas apresentou expansão de 2,3%m/m, após ter recuado nos últimos dois meses, segundo resultado positivo consecutivo. Com este resultado, o segmento se encontra 4,7% acima do patamar pré-pandemia e 3,0% abaixo do nível mais elevado da série histórica, alcançado em fevereiro de 2014.
O setor de serviços continua apresentando crescimento acima das expectativas. Assim, seguimos avaliando que a perspectiva segue positiva para o setor neste início de ano, em função do mercado de trabalho aquecido e da resiliência do consumo doméstico, que deve continuar sendo impulsionado pela melhora dos indicadores de crédito e pelas políticas de impulso à demanda aprovadas pelo governo. Se por um lado o bom desempenho dos setores neste início do ano gera um viés positivo em termos de atividade, por outro reforça a percepção de necessidade de cautela do Banco Central na condução da política monetária, uma vez que a resiliência da economia pode se traduzir em fonte de pressão inflacionária nos próximos meses. Por fim, nossa projeção de crescimento do PIB do segundo trimestre é de 0,3% t/t, com viés de alta, de modo que, o crescimento do ano está em 2,2%.