Home > Macroeconomia Brasil > Setor de Serviços – Agosto 2021

Publicado em 14 de Outubro às 21:40:59

Setor de Serviços – Agosto 2021

Em agosto, o setor de serviços avançou 0,5% na comparação com julho, acima da expectativa mediana do mercado (0,4%, Broadcast). Na comparação interanual houve crescimento de 16,7% a/a (resultado influenciado pela base de comparação baixa).

Houve avanço em quatro das cinco atividades, com destaque para os serviços de informação e comunicação (1,2% m/m), transportes (1,1% m/m) e serviços prestados às famílias (4,1%). As atividades de caráter presencial (transportes, alojamento e alimentação) continuam impactando positivamente o indicador diante do aumento na mobilidade. Além disso, tivemos avanço em outros serviços (1,5% m/m) e recuo dos serviços profissionais e administrativos (-0,4% m/m).

Com cinco meses seguidos de crescimento, o setor acumula alta de 6,5% no período, encontrando-se 4,6% acima do período pré pandemia, sendo o patamar mais alto desde novembro de 2015. Com  o avanço, os serviços estão 7,1% abaixo do recorde da série (novembro de 2014).

Os serviços de informação e comunicação foram os que mais impactaram positivamente o índice. A categoria foi impulsionada pelos serviços de desenvolvimento e licenciamento de “softwares”, portais e ferramentas de buscas na “internet”. Além dos serviços de edição e impressão de livros.

Outro destaque positivo ficou com os transportes. A categoria foi influenciada pelo avanço do transporte aéreo, que avançou 7,4% m/m. Com o arrefecimento da pandemia, o fluxo de passageiros vem crescendo continuamente. Destaque para o crescimento do índice de atividades turísticas (IATUR-PMS), que avançou 4,6%, a quarta taxa positiva consecutiva (crescimento acumulado de 49,1% nesse período). Apesar do avanço recente, as atividades turísticas se encontram 20,7% abaixo do período pré pandemia.

Já os serviços prestados as famílias avançaram 4,1% no mês, acumulando crescimento de 50,5% desde abril. O avanço da atividade foi impulsionado pelo segmento de alojamento de alimentação (4,5% m/m). Mais uma vez, com o arrefecimento da pandemia, os indivíduos não só se sentem mais motivados a viajar como também a voltar a frequentar restaurantes e hotéis.

Tivemos algumas revisões importantes nos serviços prestados às famílias (hotéis e restaurantes, por exemplo) nos últimos quatro meses: em abril (de 11,9% para 9,7%), em maio (de 11,9% para 18,5%), em junho (de 6,4% para 9,0%) e julho (de 3,8% para 2,0%). Em conjunto com o avanço de 4,1% em agosto, os serviços às famílias encontram-se 17,4% abaixo do nível pré pandemia. 

Para setembro, os indicadores antecedentes mostram desaceleração do setor. A recente alta da inflação vem impactando negativamente o consumo das famílias e já se reflete em indicadores de confiança. A sondagem dos serviços da FGV recuou 2,0% m/m e o índice de confiança empresarial recuou 2,4% m/m. Por outro lado, o PMI para o mês de setembro veio positivo, estando em 54,6 (acima de 50 indica crescimento do setor).

Com o resultado da PMS, revisamos nossa projeção para o IBC-Br de agosto para 5,5% a/a e 0,2% m/m.

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações

    Vale a pena conferir