Com este resultado, o setor de serviços se encontra 13,5% acima do período observado antes da pandemia e 0,7% abaixo do nível mais elevado da série histórica (dez/22), deixando um carrego estatístico de 1,3% para o primeiro trimestre de 2024 e de 1,7% para o ano.
Na comparação mensal, quatro das cinco atividades investigadas acompanharam a expansão do índice, com destaque para setor de informação e comunicação (1,5%), quarto resultado positivo consecutivo, Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%), recuperando parte da perda de dezembro, e Transportes (0,7%), acumulando ganho de 1,8% nos últimos dois meses. Por outro lado, a única retração do mês foram os Serviços prestados às famílias (-2,7%), eliminando parcela da expansão acumulada nos últimos dois meses.
Na comparação anual, o volume do setor de serviços apresentou alta de 4,5% a/a, após recuo de 1,9% a/a no mês anterior. Nesse sentido, todas as atividades acompanharam a variação positiva do índice, com destaque para Informação e comunicação (6,8%), que exerceu o principal impacto positivo, influenciado pelo aumento da receita em telecomunicações; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; TV aberta; desenvolvimento e licenciamento de softwares; e edição integrada à impressão de livros.
Em janeiro de 2024, o índice de atividades turísticas apresentou retração de 0,8% m/m, após ter avançado 2,6% no mês passado. Assim, o segmento de turismo se encontra 3,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Após um crescimento surpreendente do comércio varejista em janeiro, o setor de serviços também surpreendeu positivamente. Nesse sentido, quatro das cinco atividades apresentaram desempenho positivo com destaque para o setor de informação e comunicação. Na comparação anual, todas as atividades apresentaram resultados positivos, com crescimento disseminado (55,4%) entre os 166 tipos de serviços investigados. De maneira geral, embora este resultado seja positivo sob o ponto de vista da atividade, mostra a necessidade de cautela do Banco Central na condução da política monetária, uma vez que a atividade aquecida pode ser uma fonte de pressões inflacionárias. Por fim, com a continuidade do ciclo de flexibilização monetária, observa-se certa melhora na saúde financeira das famílias que, somada ao conjunto de medidas promovidas pelo governo de impulso fiscal e à resiliência do mercado de trabalho, deve contribuir para que o consumo das famílias seja um vetor de crescimento importante ao longo deste ano. Diante dos resultados setoriais mais fortes, revisamos nossas projeções de crescimento do PIB no primeiro trimestre para 0,4% t/t e 1,6% a/a.