Com isso, o setor de serviços se encontra 15,4% acima do nível pré-pandemia e renova o ponto mais alto da série histórica. Assim, o setor de serviços deixa um carrego estatístico de 2,1% para o terceiro trimestre e de 2,5% para o ano cheio de 2024.
Na comparação mensal, três das cinco atividades investigadas apresentaram desempenho positivo, com destaque para Profissionais, administrativos e complementares (4,2% m/m) e de informação e comunicação (2,2% m/m), que acumularam altas de 6,5% e de 3,8%, nos últimos dois meses. Além disso, Outros serviços cresceu 0,2% na comparação mensal, recuperando a queda acumulada entre maio e junho. Por outro lado, Transportes (-1,5% m/m) exerceu o principal impacto negativo, acompanhado de Serviços prestados às famílias (-0,2% m/m).
Na comparação anual, o volume do setor de serviços avançou 4,3% a/a, segundo resultado positivo consecutivo. Nesse sentido, vale destacar o crescimento de quatro das cinco atividades da divulgação e a difusão de 60,8% entre os 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a maior contribuição veio de Informação e comunicação (9,8% a/a). Além disso, os demais avanços vieram dos Profissionais, administrativos e complementares (9,1% a/a); dos Prestados às famílias (2,0% a/a) e dos Outros serviços (6,0% a/a). Em contrapartida, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,7% a/a) exerceram a única influência negativa.
Em julho de 2024, o índice de atividades turísticas apresentou queda de 0,9% m/m, após o avanço de 3,4% na leitura anterior. Com este resultado, o segmento se encontra 6,8% acima do patamar pré-pandemia e 1,0% abaixo do nível mais elevado da série histórica, alcançado em fevereiro de 2014.
O setor de serviços continuou a trajetória de crescimento com expansão acima das expectativas pelo segundo mês consecutivo. Assim, seguimos avaliando que a perspectiva segue positiva para o setor em função do mercado de trabalho aquecido e da resiliência do consumo doméstico, que deve continuar sendo impulsionado pela melhora dos indicadores de crédito e pelas políticas de impulso à demanda aprovadas pelo governo. Se por um lado o bom desempenho dos setores neste início do ano gera um viés positivo em termos de atividade, por outro reforça a percepção de necessidade de cautela do Banco Central na condução da política monetária, uma vez que a resiliência da economia pode se traduzir em fonte de pressão inflacionária nos próximos meses.