Com isso, o setor de serviços se encontra 14,3% acima do nível pré-pandemia e atinge o ponto mais alto da série histórica, 0,5% acima do patamar anterior alcançado em dez/22. Assim, o setor de serviços deixa um carrego estatístico de 1,0% para o terceiro trimestre e de 2,0% para o ano cheio de 2024.
Na comparação mensal, cinco das cinco atividades investigadas apresentaram desempenho positivo, com destaque para transportes (1,8% m/m), informação e comunicação (2,0% m/m). Além disso, as demais contribuições positivas vieram de Profissionais, administrativos e complementares (1,3% m/m), Outros serviços (1,6% m/m) e de Serviços prestados às famílias (0,3% m/m).
Na comparação anual, o volume do setor de serviços avançou 1,3% a/a, após ter apresentado uma pequena variação negativa (-0,1% a/a) na leitura passada. Nesse sentido, vale destacar o crescimento de quatro das cinco atividades da divulgação e a difusão de 55,4% entre os 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a maior contribuição veio de Informação e comunicação (5,6% a/a). Além disso, os demais avanços vieram dos Profissionais, administrativos e complementares (2,1% a/a); dos Prestados às famílias (4,6% a/a) e dos Outros serviços (3,8% a/a).
Em junho de 2024, o índice de atividades turísticas apresentou crescimento de 3,4% m/m, retomando a trajetória de dois resultados positivos consecutivos. Com este resultado, o segmento se encontra 7,7% acima do patamar pré-pandemia e 0,1% abaixo do nível mais elevado da série histórica, alcançado em fevereiro de 2014.
Após a leitura negativa do mês passado, o setor de serviços retomou a trajetória de crescimento com expansão acima das expectativas. Assim, seguimos avaliando que a perspectiva segue positiva para o setor em função do mercado de trabalho aquecido e da resiliência do consumo doméstico, que deve continuar sendo impulsionado pela melhora dos indicadores de crédito e pelas políticas de impulso à demanda aprovadas pelo governo. Se por um lado o bom desempenho dos setores neste início do ano gera um viés positivo em termos de atividade, por outro reforça a percepção de necessidade de cautela do Banco Central na condução da política monetária, uma vez que a resiliência da economia pode se traduzir em fonte de pressão inflacionária nos próximos meses. Por fim, nossa projeção de crescimento do PIB do segundo trimestre é de 0,4% t/t, de modo que, o crescimento do ano está em 2,2%.