Com este resultado, o setor de serviços se encontra 10,8% acima do período observado antes da pandemia e 2,6% abaixo do nível mais elevado da série histórica (dez/22), deixando um carrego estatístico de 2,2% para o ano de 2023.
Na comparação mensal, três das cinco atividades investigadas acompanharam a expansão do índice, com destaque para Outros serviços (3,6% m/m), acumulando 4,9% de ganho entre setembro e novembro, Profissionais, administrativos e complementares (1,0% m/m), influenciados pelas atividade jurídicas e pelas empresas de cartão de desconto e programas de fidelidade, e Serviços prestados às famílias (2,2% m/m), recuperando as perdas de 1,8% do mês anterior. Por outro lado, Transportes (-1,0% m/m), influenciado pela queda de 2,9% no transporte de passageiros, e Serviços de informação e comunicação (-0,1% m/m) apresentaram desempenhos negativos.
Na comparação anual, o volume do setor de serviços recuou 0,3% a/a, a terceira queda consecutiva, interrompendo a sequência de 30 taxas positivas consecutivas observada até setembro. Nesse sentido, duas das cinco atividades acompanharam a variação negativa do índice, com destaque para Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (-3,7% a/a), influenciada pela queda da receita em gestão de portos e terminais e operação de aeroportos e armazenamento, e Informação e comunicação (-0,4% a/a), explicado pela menor receita vinda de telecomunicações e atividades de TV aberta. Em sentido oposto, Serviços profissionais, administrativos e complementares (4,4% a/a), Prestados às famílias (5,4% a/a) e Outros serviços (3,3% a/a) foram as contribuições positivas.
Em novembro de 2023, o índice de atividades turísticas apresentou queda de 2,4% m/m, segundo resultado negativo consecutivo, acumulando queda de 3,4% no período. Assim, o segmento de turismo se encontra 2,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 5,0% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Embora o setor de serviços tenha apresentado crescimento de 0,4% m/m, revertendo os três meses consecutivos de queda, tal resultado corrobora a nossa visão de desaceleração da atividade, uma vez que parte deste resultado está relacionado com uma base de comparação depreciada. Entre os destaques positivos, vale destacar o efeito das atividades de espetáculos teatrais e musicais, entre eles, os shows da cantora Taylor Swift. Por outro lado, as atividades com maior peso no setor, Transporte e Serviços de informação e comunicação, apresentaram resultados negativos. Dessa forma, a conjuntura mais adversa, sobretudo no que diz respeito ao endividamento das famílias em níveis historicamente elevados, combinada à uma taxa de juro ainda restritiva devem funcionar como vetores negativos para a dinâmica do setor ao longo do ano. Assim, esperamos -0,2% t/t para o PIB do quarto trimestre e 2,9% para o PIB de 2023.