As transações correntes registraram déficit de US$2,4 bilhões em fevereiro, ante déficit de US$4,0 bilhões no mesmo mês do ano passado. A expectativa do mercado era superávit de 400 milhões. Em doze meses, o déficit em transações correntes somou US$26,1 bilhões (1,59 % do PIB). A redução do déficit na comparação interanual ocorreu pela melhora na balança comercial (aumento de US$3,9 bilhões). Por outro lado, as contas de serviços e rendas vieram piores (-US$361 milhões e -US$1,9 bilhão, respectivamente).
Em fevereiro, a balança comercial registrou superávit de US$3,5 bilhões, ante saldo negativo de US$357 milhões no mesmo mês do ano passado. Porém, o resultado veio mais fraco que a expectativa mediana do mercado (superávit de US$9 bilhões, Broadcast). As exportações apresentaram forte aceleração na margem e na comparação interanual, totalizando US$23,7 bilhões. Já as importações apresentaram leve queda na margem, ficando em US$20,2 bilhões, porém aumentando 19,8% a/a.
A conta de rendas apresentou um déficit de US$4,1 bilhões, aumento de 89% a/a. O crescimento ocorreu pela elevação de 77,3% da renda primária com destaque para o aumento no déficit nos lucros e dividendos. Já a conta de serviços apresentou déficit de R$1,8 bilhão, aumento de 25,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Vale destacar o aumento expressivo com a conta de viagens internacionais (-US$445 milhões, ante -US$28 milhões), porém ainda se encontra distante da média histórica (-US$1 bilhão).
Na conta financeira, o investimento direto no país (IDP) totalizou US$11,8 bilhões em fevereiro, melhor que a expectativa do mercado (US$6,5 bilhões, Broadcast), sendo o maior valor desde janeiro de 2017. O resultado advém do ingresso líquido na participação do capital (US$12,2 bilhões). Já as operações intercompanhia somaram saídas líquidas de US$394 milhões. Em doze meses, o IDP acumula US$50,7 bilhões (3,09% do PIB), ante US$44,8 bilhões (3,18% do PIB) em fevereiro de 2021.
Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de US$1,8 bilhão, com ingresso líquido de US$4,8 bilhões em ações e fundos de investimento, porém saídas líquidas de US$3,0 bilhões. Em doze meses, os ingressos líquidos em carteira totalizaram US$23,2 bilhões.