As transações correntes registraram déficit de US$4,5 bilhões em outubro, ante déficit de US$1,2 bilhão no mesmo mês do ano passado. O resultado ficou acima da expectativa mediana do mercado (déficit de R$5,0 bilhões, Broadcast). Em doze meses, o déficit em transações correntes somou US$26,7 bilhões (1,66 % do PIB). A elevação na margem do déficit nas transações correntes pode ser explicada pela combinação do menor superávit comercial (desaceleração nas exportações) e na redução da renda primária (principalmente nos lucros e dividendos).
Em outubro, a balança comercial registrou superávit de US$1,3 bilhão, ante superávit de US$3,7 bilhões no mesmo mês do ano passado. O resultado ficou abaixo da mediana do mercado (US$2,4 bilhões, Broadcast). As exportações totalizaram US$22,8 bilhões, sendo um aumento de 27,8% na comparação interanual. Já as importações ficaram em US$21,5 bilhões, representando um aumento de 52% a/a.
A conta de rendas apresentou um déficit de US$4,6 bilhões, sendo US$3,7 bilhões com lucros e dividendos e US$889 milhões com juros. Já a conta de serviços apresentou déficit de R$1,5 bilhão, redução de 12,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Os termos de troca (relação entre preço de produtos exportados e importados) recuaram pelo segundo mês consecutivo. O recuo no mês de setembro foi de 4,2% m/m. Apesar da contração recente, os termos de troca ainda continuam em patamares elevados. Já o índice de commodities do Banco Central (em R$) permanece em trajetória de crescimento, influenciado pela desvalorização cambial do real.
Na conta financeira, o investimento direto no país (IDP) totalizou US$2,5 bilhões em outubro, abaixo da expectativa do mercado (US$4,0 bilhões, Broadcast). A maior parte (US$3,0 bi) do ingresso líquido ocorreu em participação no capital. Já as operações intercompanhias somaram saídas líquidas de US$547 milhões. Em doze meses, o IDP acumula US$49,2 bilhões (3,06% do PIB), ante US$45,9 bilhões (3,05% do PIB) em outubro de 2020.
Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de US$1,5 bilhão, com ingresso líquido de US$802 milhões em títulos de dívida e US$655 milhões em ações e fundos de investimento. Em doze meses, os ingressos líquidos em carteira totalizaram US$38 bilhões.
