A taxa de desemprego foi de 13,2% no trimestre encerrado em agosto, abaixo da expectativa mediana do mercado (13,5%, Bloomberg), representando uma queda de 1,2 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado e -1,4 p.p. em relação ao trimestre encerrado em maio.
Na série com ajuste sazonal, o desemprego também apresentou queda, ficando em 13,1%.
O número de pessoas na força de trabalho foi de 103,8 mi, aumento de 2,3 milhões de trabalhadores em relação ao trimestre encerrado em maio, puxado pelo crescimento da população ocupada (3,5 milhões). Já o número de pessoas desocupadas recuou em 1,1 milhão no mesmo período. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a força de trabalho cresceu 8,8% (mais 8,4 milhões de pessoas).
A população ocupada foi de 90,2 milhões, aumento de 4,0% em relação ao trimestre anterior (3,5 milhões de pessoas a mais em relação ao trimestre encerrado em maio). Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve crescimento de 10,4% (aumento de 8,5 milhões de pessoas).
O crescimento da população ocupada reflete o crescimento do emprego nos trabalhadores por conta própria e nos trabalhadores do setor privado (com destaque para o emprego formal). Das 3,5 milhões de pessoas a mais ocupadas em relação ao trimestre encerrado em maio, 1,0 milhão foi de trabalhadores por conta própria (sendo 884 mil de informais e 193 mil formais) e 2,2 milhões de trabalhadores no setor privado (sendo 1,2 milhão de formais e 987 mil de informais).
O crescimento da ocupação no trimestre encerrado em agosto ocorreu em oito das dez atividades pesquisadas. Cerca de 70% da ocupação no trimestre ocorreu no setor de serviços e comércio (2,4 milhões), segmentos de caráter presencial beneficiados pela reabertura econômica. Além disso, tivemos forte geração de empregos no setor industrial (578 mil) e construção civil (619 mil).
O nível de ocupação (população ocupada sobre a população em idade ativa), se manteve acima de 50%. No trimestre encerrado em agosto, a taxa ficou em 50,9%, ou seja, mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país (a média histórica é de 55%).
Nossa projeção para taxa de desemprego ao final de 2021 é de 12,1%.
