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Publicado em 11 de Novembro às 14:43:25

Vendas no Varejo (set/21): comércio sente os efeitos do aumento da inflação!

O volume de vendas do comércio recuou 1,3% m/m em setembro frente a agosto, abaixo da projeção mediana do mercado (-0,6% m/m, Broadcast). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior o volume de vendas apresentou variação negativa de 5,5% a/a. O varejo encerrou o 3º trimestre com contração de 0,4% em relação ao trimestre anterior.

Tivemos forte revisão no resultado do varejo no mês anterior (agosto): houve redução de -3,1% para -4,3%. Além disso, tivemos revisões marginais no restante da série histórica. Com isso,  o varejo, que desde abril de 2021 permanecia acima do nível pré pandemia, já se encontra 0,4% abaixo do período pré surto.  No ano, o varejo apresenta crescimento de 3,8% e nos últimos 12 meses elevação de 3,9%.

O fator determinante no resultado do mês de setembro foi a inflação. O setor varejista já sente o efeito da aceleração dos preços, reduzindo o volume de vendas. Isso pode ser percebido pela contração do volume (-1,3%), porém com a estabilidade das receitas (-0,2%). O setor de supermercados e hipermercados, por exemplo, que é o grupo com o maior peso no índice e teve o maior impacto no resultado do mês, apresentou recuo de 1,5% no volume de vendas e aumento de 0,1% na receita.   

Entre as oito atividades analisadas (varejo restrito), seis apresentaram queda. As variações mais intensas ocorreram em: Materiais de escritório (-3,6%); Móveis e eletrodomésticos (-3,5%); Combustíveis e lubrificantes (-2,6%) e outros artigos de uso pessoal (-2,2%).

O volume de vendas no varejo ampliado (inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção) recuou 1,1% m/m e -4,1% a/a. Houve contração na atividade de Veículos (-1,5% m/m) e retração em Material de Construção (-1,1% m/m).

 Para outubro, os indicadores antecedentes apontam avanço modesto para o setor. A sondagem do comércio da FGV avançou 0,1% m/m e as consultas à inadimplência 2,7% m/m. Além disso, o indicador de confiança do consumidor da FGV cresceu 1,3% m/m. A aceleração da inflação é o principal desafio para o setor atualmente.

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