A variação do índice de preços do consumidor (CPI) foi de 0,3% em agosto ante um crescimento de 0,5% em julho na série com ajuste sazonal. Este resultado ficou um pouco abaixo da mediana das projeções de mercado de 0,4%. Por sua vez, a taxa de inflação nos últimos 12 meses foi de alta de 5,3%, em linha com as expectativas de mercado.
Por sua vez, o grupo de alimentos avançou 0,4% em agosto, obtendo assim, uma desaceleração em relação ao mês de julho (+0,7%). Tanto a alimentação no domicílio quanto fora de casa apresentou alta de 0,4% no mês. Com este resultado, em 12 meses, o índice de alimentação avançou 3,7%.
O índice de energia teve alta de 2% em agosto, ante 1,6% em julho. Este resultado foi influenciado, principalmente, pela alta de 2,8% no índice de gasolina, uma aceleração de 0,4 p.p. em relação ao mês anterior. Além disso, o índice de eletricidade também contribuiu positivamente ao apresentar avanço de 1% na margem. Em 12 meses, o preço da energia teve alta de 25%.
No que diz respeito ao núcleo (excluí alimentos e energia) da inflação, a variação mensal foi de 0,1%, resultado abaixo da mediana das expectativas do mercado de 0,3%. Este foi o menor aumento desde fev/2021. No interanual, observou-se um crescimento de 4%, resultado que também surpreendeu positivamente as expectativas de mercado (4,2%).
As principais contribuições positivas vão para o índice de preços de habitação (shelter) que obteve alta de 0,2%, resultado que contribuiu com mais da metade da alta observada no índice cheio (+16,5 b.p.); índice de novos veículos (+1,2%); índice de lazer (+0,5%); e cuidados médicos (+0,2%).
Por outro lado, quedas foram observadas para diversos grupos. O índice de hospedagem fora de casa recuou 2,9%, após dois meses consecutivos de fortes altas (6% em julho e 7% em junho). Ademais, o índice de passagens aéreas apresentou forte queda (-9,1%) e o índice de carros usados recuou 1,5% em agosto, encerrando, assim, com a tendência de 5 altas consecutivas observadas nos meses anteriores.
