O PIB americano cresceu à taxa anualizada de 6,9%, no quarto trimestre de 2021. O resultado veio melhor que o consenso de mercado que era de 5,5%. O número, por sua vez, representa uma significativa aceleração em relação ao terceiro trimestre, período em que foi observado um crescimento revisado de 2,3%. Com este resultado, o PIB americano cresceu 5,7% em 2021, contrastando com a queda de 3,4% em 2020.
O avanço em 2021 foi puxado pelas altas em todos os principais grupos que compõem o PIB. Em especial, as principais contribuições foram dadas pelo investimento privado (+5,2 p.p.) e pelo consumo pessoal (+2,2 p.p.), este se manteve resiliente mesmo diante do recrudescimento da pandemia no período. O relatório destaca que a continuidade do impacto econômico da pandemia resultou na manutenção das restrições e afetou o funcionamento de estabelecimentos em algumas regiões no país.
Com o resultado, o PIB americano se encontra 3,1 p.p. acima do nível pré pandemia (4º tri de 2019).
Os gastos com consumo pessoal avançaram 3,3%, ante 2% observados no trimestre anterior, contribuindo em 2,2 p.p. para a variação do PIB anualizado. Os gastos pessoais com bens avançaram 0,5% após forte recuo de 8,8% no trimestre anterior, enquanto isso os gastos com serviços avançaram 4,7% no período, desacelerando em relação ao número anterior (8,2%).
Também foram observados aumentos no investimento fixo (1,3%), nas importações (17,7%) e nas exportações (24,5%). Por outro lado, houve queda no consumo do governo de 2,9%, ante avanço de 0,9% no trimestre anterior.
O índice de preços de gastos com consumo (Headline PCE) avançou 6,5% ante 5,3% no trimestre imediatamente anterior. Este resultado decorreu tanto da alta nos preços de bens (10,8%) quanto de serviços (4,3%). Por sua vez, o núcleo do índice de preços do PCE, que exclui preços de alimentação e energia, teve um aumento de 4,9% comparado a um crescimento de 4,6%, no mesmo período.
A renda pessoal em valores correntes aumentou US$ 106,3 bilhões no quarto trimestre, ante um avanço de US$ 127,9 bilhões no trimestre anterior. Este resultado decorreu dos aumentos observados nas remunerações (salários e vencimentos privados), receita sobre ativos e renda de aluguel, que foram parcialmente compensados pela redução dos benefícios sociais direcionados a mitigar os efeitos recessivos da pandemia. Já a renda pessoal disponível aumentou $14,1 bilhões no mesmo período após um avanço de $36,7 bilhões observado no terceiro trimestre.
A taxa de poupança como percentual renda pessoal disponível recuou para 7,4%, ante 9,5% observados no trimestre imediatamente anterior.
