A renda pessoal (personal income) recuou 1% (US$ 216,2 bilhões) em setembro, surpreendendo o mercado que aguardava um recuo em menor magnitude (-0,4%). Além disso, a renda pessoal disponível (disposable personal income) também apresentou baixa de 1,3% (US$ 236,9 bilhões) e os gastos com consumo pessoal (personal consumption expenditures) aumentaram em 0,6% (US$ 93,4 bilhões), ficando em linha com as expectativas de mercado.
Em termos reais, a renda pessoal disponível recuou 1,6% em setembro, enquanto isso os gastos com consumo pessoal avançaram 0,3%. Esta alta foi resultante da combinação de resultados positivos no consumo de bens e de serviços.
O índice de preços de gastos com consumo (PCE price index) apresentou um leve recuo em relação ao mês de agosto ao avançar 0,3% na margem, em linha com as expectativas de mercado. Por sua vez, o núcleo (excluí alimentos e energia) avançou 0,2% no mesmo período também em linha com a mediana das projeções de mercado. Em 12 meses, o aumento foi de 4,4% para o índice headline e 3,6% para o núcleo. No interanual, os destaques vão para os preços da energia e de alimentos que aumentaram 24,9% e 4,1%, respectivamente.
O comunicado ressalta que as estimativas de renda e despesas para setembro refletiram os efeitos do contínuo impacto da pandemia. Ademais, justifica-se a queda na renda pessoal em setembro, principalmente, por conta do fim dos programas de assistência relacionados à pandemia, inclusive, dos benefícios de seguro-desemprego resultantes das reduções dos pagamentos dos programas de compensação de desemprego (Pandemic Unemployment Compensation).
O aumento de US$ 93,4 bilhões nos gastos de consumo pessoal em valores correntes refletiu os aumentos de US$ 29,9 bilhões no gasto com bens e US$ 63,6 bilhões em serviços. No que diz respeito aos gastos com serviços, as maiores contribuições foram observadas nos gastos com cuidados médicos, com serviços de alimentação e acomodação. Por outro lado, em relação aos gastos com bens, o aumento nos gastos com consumo de bens não duráveis foi parcialmente compensado por uma queda nos gastos com bens duráveis. A queda no consumo de bens duráveis refletiu, principalmente, o resultado negativo das aquisições de novos veículos.
As despesas pessoais aumentaram US$ 92,1 bilhões em setembro. A poupança pessoal ficou em US$ 1,34 trilhões de dólares. Por fim, a taxa de poupança pessoal como proporção da renda disponível recuou de 9,2% em agosto para 7,5% para setembro.