⛽ Petróleo & Gás
PETR4 | Incêndio em petroleiros perto do Estreito de Hormuz impulsiona preços do petróleo
O que aconteceu? Relatos não confirmados mencionam que pelo menos dois petroleiros — o Front Eagle e o Adalynn — colidiram e pegaram fogo nas proximidades do Estreito de Hormuz, no Golfo de Omã. A guarda costeira dos Emirados relatou ter resgatado 24 tripulantes, e as imagens divulgadas sugerem que o incidente ocorreu próximo ao ancoradouro de Khor Fakkan. Embora o setor de segurança marítima afirme que não se tratou de um ataque intencional, a proximidade geográfica com um dos principais gargalos do transporte global de petróleo alarmou o mercado (Oil Price e Genial)
Opinião Genial: O Estreito de Hormuz é responsável por cerca de 20% do petróleo mundial exportado por via marítima. Incidentes envolvendo petroleiros nessa região elevam o risco percebido no transporte de óleo bruto e produtos derivados, pressionando prêmios de seguro e o valor do frete. Esse desdobramento intensifica o prêmio de risco geopolítico embutido no preço do Brent.
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$ 48,00
🥩 Alimentos
MRFG3 e BRFS3 | CVM suspende assembleia sobre fusão entre Marfrig e BRF
O que aconteceu? A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou a suspensão da AGE marcada para o dia 18 de junho, que votaria a proposta de fusão entre MarfrigeBRF. A decisão ocorre após representação da Latache Capital, acionista minoritária da BRF, que apontou irregularidades na condução do processo, como (i) insuficiência de informações no material divulgado; (ii) falhas na formulação da ordem do dia; (iii) questionamentos sobre a independência dos comitês e conselheiros; (iv) suposta interferência direta dos controladores Marcos Molina e Marcia Molina nas decisões dos conselhos (O Globo e Genial).
Opinião Genial: A suspensão da assembleia representa um revés relevante no cronograma da fusão e evidencia a crescente tensão entre controladores e minoritários. A medida da CVM reforça o escrutínio regulatório sobre operações estruturantes, o que pode impactar a percepção de governança e a confiabilidade do processo de combinação societária. A postergação adiciona incerteza ao desfecho da operação, protelando eventuais sinergias operacionais e aumentando o risco de judicialização. Ademais, já havíamos apurado que desconto deixou investidores posicionados em BRF insatisfeitos e que era provável haver uma reivindicação por melhora da relação de troca desenhada originalmente (relação de troca definida em 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF) tal qual implicitamente expressa nesta suspensão.
MRFG3
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$26,00
BRFS3
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$19,50
🥩 Alimentos (frigoríficos)
BEEF3 | Minerva conclui venda de planta no Uruguai por US$48m à Allana
O que aconteceu? A Minerva anunciou a conclusão da venda da planta de Colonia, no Uruguai, para o grupo indiano Allana por US$48m, em cumprimento às exigências impostas pela autoridade antitruste uruguaia (Coprodec). A operação estava vinculada à aprovação da aquisição das plantas de San José e Salto, parte do acordo assinado com a Marfrig em ago/23 para compra de 16 frigoríficos na América do Sul. O desinvestimento em Colonia foi apresentado como remédio concorrencial em uma proposta revisada, submetida em fevereiro, viabilizando a continuidade da operação no país (Money Times e Genial).
Opinião Genial: A finalização do desinvestimento já era prevista como parte condicionante para a liberação regulatória da aquisição das duas outras unidades no Uruguai, voltadas para a expansão da capacidade exportadora da Minerva no Cone Sul (região composta pelas zonas austrais da América do Sul), via execução do deal com a Marfrig, que antes eram 16 plantas no total e agora passaram a ser 15. Porém, como já dito anteriormente, acreditávamos que as 3 plantas de abate no Uruguai gerariam ~R$200m de EBITDA incremental e a fábrica de Colónia, por si só, representaria 50% deste valor. Dessa forma, foi possível inferir que o múltiplo EV/EBITDA de venda da unidade foi 2,6x, valor bem abaixo do ofertado pelas fabricas da Marfrig (10x) caracterizando o caráter obrigatório de imposição pela Coprodec.
Recomendação: Manter
Preço-alvo: R$6,00
🏦 Serviços Financeiros
Base Exchange | Nova bolsa do Rio deve estrear em 2026
O que aconteceu? A Base Exchange pretende iniciar suas operações como a nova bolsa de valores do Rio de Janeiro no primeiro quadrimestre de 2026. Segundo o CEO Claudio Pracownik, os testes já foram realizados na CVM, e os próximos passos incluem simulados no Banco Central. A expectativa é obter as autorizações regulatórias até o fim de 2025. De acordo com o executivo, empresas como Petrobras, Vale e Banco do Brasil demonstraram interesse em negociar na nova plataforma, que aposta em custos mais baixos e uso intensivo de tecnologia como diferenciais. (Reuters e Genial)
🛒 Varejo
Carrefour | Banco da rede vai além das gôndolas
O que aconteceu? O Banco Carrefour está em fase final de um projeto para unificar todos os seus cartões em uma única plataforma digital, criando uma experiência de crédito mais fluida e menos dependente da loja física. Com 1,5 milhão de clientes ativos e cerca de R$ 12 bilhões em volume total de pagamentos (TPV), o banco avança com metas ambiciosas: gerar 40% do crédito fora das lojas até 2026 e dobrar o volume de TPV no mesmo período. A digitalização do banco deve reforçar a rentabilidade do grupo, com uso de dados e sinergia entre canais (NeoFeed e Genial).
🚚 Transportes
Governo de SP faz roadshow na Ásia para projetos de transportes
O governo do Estado de São Paulo realizou roadshow na Ásia para divulgar projetos de mobilidade e o túnel Santos-Guarujá. O roadshow deverá durar duas semanas, passando pela China, Coreia do Sul e Japão. Na China, as conversas têm se iniciado com grupos como China Communications Construction Company (CCCC) e Bank of China. No setor de mobilidade urbana, o lote ABC-Guarulhos tem apresentado interesse de alguns grupos chineses, em especial o CRRC, segundo fontes do Valor. Além disso, projetos como o (i) Trem Intercidades de Sorocaba; (ii) o novo centro administrativo dos Campos Elíseos no centro da capital e a (iii) PPP das Travessias Hídricas. (Valor e Genial)
🏭 Mineração e Siderurgia
VALE3 | Vale obtém licença prévia para novo projeto de cobre em Carajás
O que aconteceu? A Vale anunciou a obtenção da Licença Prévia (LP) para o projeto de cobreBacaba, localizado em Canaã dos Carajás (PA). O ativo é parte da estratégia da companhia para estender a vida útil do Complexo Minerador do Sossego, com início da produção previsto para o 1S28 e investimento estimado em US$290m. O projeto prevê uma produção de 50ktpa (~15% da produção atual), até exaustão da mina em 8 anos. O Bacaba é o primeiro de uma série de novos ativos planejados na província mineral de Carajás, onde a Vale visa dobrar sua capacidade de produção de cobre na próxima década (Vale e Genial).
Opinião Genial: A obtenção da licença representa um avanço no pipeline de projetos greenfieldda Vale, garantindo visibilidade à estratégia de ampliação do portfólio de metais básicos. Acreditamos que o projeto Bacaba (PA) se alinha ao movimento global de transição energética e à crescente demanda por cobre, ao mesmo tempo em que dilui custos fixos e aproveita sinergias logísticas e operacionais com o complexo do Sossego. Ainda que o início da produção ocorra apenas em 2028, o avanço regulatório reduz o risco de execução e contribui para o posicionamento da companhia em metais voltados à eletrificação.
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$ 61,50
🏦 Financeiro
ITUB4 | Itaú cria fundo próprio de venture capital
O que aconteceu? O Itaú anunciou a criação do Itaú Ventures, seu novo fundo proprietário de corporate venture capital, com R$ 500 milhões em capital comprometido. A iniciativa marca a internalização do Kinea Ventures — até então gerido pela Kinea Investimentos — e inclui um novo aporte de R$ 250 milhões que será realizado pelo banco nos próximos dois anos. O objetivo é aproximar as startups investidas das áreas estratégicas do Itaú e fortalecer a inovação em temas como inteligência artificial, cibersegurança, pagamentos e seguros. A gestão segue com a mesma equipe, agora sob liderança de Philippe Schlumpf. (NeoFeed e Genial)
Recomendação: Comprar
Preço-alvo: R$ 40,00
🚛 Capital Goods
FRAS3 & RAPT4 | Frasle avalia oferta de ações de até R$ 300 milhões para ampliar liquidez e reforçar estrutura de capital
O que aconteceu? A Frasle anunciou hoje que estuda uma oferta pública de ações no valor potencial de até R$ 300 milhões, contemplando uma emissão primária (novas ações) e uma secundária (ações atualmente detidas pela Dramd, veículo de investimentos da família Randon). A Dramd detém cerca de 12,8% do capital da Frasle e confirmou que, caso a operação seja bem-sucedida, usará os recursos líquidos obtidos na venda das ações para realizar um aumento de capital privado na Randoncorp, controladora direta da Frasle. Por conta da potencial oferta, a companhia suspendeu seu guidance para 2025.
Opinião Genial: Vemos o anúncio como positivo. A principal leitura estratégica é o movimento de vender Frasle para comprar Randon, numa clara tentativa de se apropriar do desconto de holding entre as duas companhias. Esse realocação de capital reforça a confiança da família nos fundamentos e valuation descontadoa da Randon, ao mesmo tempo em que pode acelerar a desalavancagem da companhia após os recentes movimentos de M&A. Além disso, o aumento da participação da Dramd no capital da Randoncorp pode destravar valor adicional ao viabilizar, no futuro, uma eventual migração para o Novo Mercado. Com uma fatia maior da companhia, a família Randon reduziria a necessidade de novos aportes para manter sua posição de controle em uma conversão para ações ordinárias, eliminando um dos principais entraves à mudança e abrindo espaço para a captura de valor associado à melhora na governança