Economia

Publicado em 10 de Junho às 19:30:45

A “japonização” da China

Os dados de atividade e inflação da economia chinesa mostram forte desaceleração da atividade, excesso de oferta e deflação. O comportamento dos PMIs do setor industrial do país mostram forte desaceleração da atividade industrial, abaixo do nível de cinquenta, que indica desaceleração no futuro.

Um segundo indicador importante é o comportamento das exportações e importações. Enquanto as importações começam a mostrar desaceleração, com queda de – 3,4% no mês de maio, ao mesmo tempo em que as exportações mostram forte desaceleração, 4,8% em termos anuais.  As exportações para os Estados Unidos caíram – 34,5% no mês de maio, ao mesmo tempo em que o desvio de comércio para outras regiões se intensificou, com aumento das exportações para a União Europeia (12%) e Ásia (14,8%).

Outro sintoma importante da forte desaceleração da economia chinesa é o comportamento dos preços de algumas commodities, como cobre, minério de ferro e petróleo, todas em queda. Os preços do minério de ferro e petróleo são particularmente importantes para a economia brasileira. O preço do minério de ferro já atingiu próximo a US$ 97,00/ton. e continua em trajetória de queda, ao mesmo tempo em que o preço do petróleo tipo WTI atingiu nível próximo a US$ 60,00/barril e US$ 64/barril o tipo Brent.

Finalmente, o Índice de Preços ao Consumidor caiu – 0,1% pelo quarto mês consecutivo, em termos anuais, as taxas de juros se aproximam de zero, ao mesmo tempo em que os produtores de veículos elétricos entraram em guerra de preços, com redução de preços entre 10% e 30% em média.

A forte desaceleração combinada a deflação sinaliza um cenário similar à economia japonesa nas décadas de noventa e início dos anos 2000: estagnação e deflação.

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