Economia

Publicado em 15 de Outubro às 20:18:01

Acirramento das tensões no Oriente Médio já impacta as expectativas de inflação nos EUA

A divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) relativo ao mês de setembro mostrou uma inflação cheia ainda pressionada (3,7% a/a, ante expectativa de desaceleração para 3,6% a/a), mas um núcleo de inflação (que exclui alimentos e energia) mais benéfico, que arrefeceu de 4,3% a/a para 4,1% a/a no mesmo período.

Apesar de alguma moderação da alta no preço da gasolina, os óleos combustíveis em particular desaceleraram muito pouco de agosto para setembro (de 9,1% m/m para 8,5% m/m), o que reforça o nosso cenário de que algumas commodities, principalmente as energéticas, serão as principais fontes de riscos altistas sobre a inflação daqui até o final o ano, visto que elas podem voltar a pressionar o preço de alguns itens que já haviam passado pelo processo de desinflação. Nesse sentido, o aumento da tensão no Oriente Médio contribui para elevar ainda mais as incertezas acerca do preço dos combustíveis.

Os dados preliminares de outubro para as expectativas de inflação nos Estados Unidos apresentaram forte alta após recuarem em setembro com a adição de uma nova camada de incerteza sobre o cenário global. As expectativas de inflação dos consumidores medidas pela Universidade de Michigan para o horizonte de um ano à frente saltaram de 3,2%para 3,8%, enquanto para o período de 5 anos à frente a alta foi menor, de 2,8% para 3,0%. Já o índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos recuou de 68,1 para 63,0 na passagem de setembro para outubro nessa primeira prévia, ao passo que as expectativas dos analistas eram de avanço para 67,8.

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações