Economia

Publicado em 11 de Setembro às 18:29:53

Apesar de inflação alta, FED deve reduzir os juros em setembro

A surpresa altista no índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI) de agosto contrabalanceou a surpresa positiva significativa apresentada pelo Índice de Preços ao Produtor (PPI). O primeiro apresentou um headline de 0,38% e um núcleo de 0,35%, resultando numa taxa de inflação anualizada de 4,69% e 4,23% respectivamente, enquanto o segundo apresentou uma taxa de variação de -0,12% m/m para ambas as métricas.

Essa discrepância entre os números do PPI e do CPI ocorre por conta de os insumos serem os itens mais vulneráveis às tarifas de importação e pelo fato de o repasse para o nível do consumidor não se dar de forma integral.

A forte inflação mensal vista nesse CPI de agosto, embora em linha com o esperado, traz de volta um fenômeno ocorrido nos anos de pandemia de covid-19, quando um dado não necessariamente bom, mas em linha com o consenso de mercado, não provocava a reação negativa que um dado naquele nível deveria gerar.

Aplicando essa lógica, o cenário de inflação atual seria incompatível com um corte iminente da taxa de juros. Mesmo assim, as apostas majoritárias dos analistas passaram a adicionar um afrouxamento adicional de 25 pontos base na política monetária em 2025 (totalizando 75 bps; uma de 25 bps em cada reunião do FOMC restante do ano) depois dos dados recentes mais fracos referentes ao mercado de trabalho, numa decisão que não seria isenta de riscos por parte do banco central norte-americano (FED).

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