Ontem foi divulgado pela Receita Federal brasileira o relatório da arrecadação federal referente ao mês de março. Nesse sentido, as receitas somaram no mês R$ 190,6 bi, alta real de 7,2% a/a em relação à mar/23. No acumulado no ano, o relatório sinalizou que o valor arrecadado foi de R$ 657,8 bi, alta de 8,4% a/a frente ao primeiro trimestre de 2023. Cabe destacar que esse resultado tanto na métrica trimestral quanto mensal representaram os melhores desempenhos arrecadatórios desde 2000.
O bom desempenho no mês pode ser explicado, principalmente, pelo bom desempenho da atividade econômica neste início de ano, pelo retorno da tributação da PIS/Cofins sobre os combustíveis e pela tributação de fundos exclusivos. Este último sendo responsável pelo aumento da arrecadação em cerca de R$ 15,0 bilhões entre os meses de dezembro e março.
Cabe destacar que parte do bom desempenho da arrecadação neste início de ano deriva da surpresa positiva sobre a receita proveniente da tributação de fundos exclusivos, que tem seus efeitos limitados aos primeiros meses do ano, dificultando a extrapolação dos números do primeiro trimestre para os demais meses do ano.
Soma-se a este cenário a frustração no desempenho de algumas rubricas como a do IRPJ/CSLL, que no ano acumulam queda de 2,3% a/a em relação ao primeiro trimestre de 2023, sinalizando que a agenda de aumento de arrecadação aprovada no último ano não será suficiente para alcançar a meta de déficit zero.