O Comitê de Política Monetária (MPC) do Banco da Inglaterra (BoE) optou por manter os juros estáveis em 4,00% ao ano, numa decisão que veio em linha com o consenso de mercado.

Assim como na reunião anterior, houve dissidência entre os diretores acerca da melhor ação a ser tomada em relação a condução da política monetária, retornando ao placar bem dividido de agosto (5 a 4). Desta vez, 5 integrantes foram a favor da manutenção enquanto 4 votaram por um corte de 25 pontos base.

A conclusão majoritária do Comitê foi que a política monetária ainda precisa permanecer em patamar restritivo, embora haja fortes dúvidas a respeito do grau de restrição atual devido à grande incerteza em relação a taxa neutra. Isso tudo no intuito de fazer frente a inflação alta, uma vez que o mercado de trabalho vem exibindo sinais de enfraquecimento.

Por outro lado, o comunicado também exibiu sinais mais “dovish”. Os membros reconheceram que a inflação ao consumidor já atingiu o pico, ao mesmo tempo em que as métricas subjacentes continuam a apresentar desinflação.

Por fim, o presidente do BoE, Andrew Bailey, destacou que o banco central inglês deve retomar o ciclo de afrouxamento monetário caso o processo mais amplo de desinflação continue, o que é esperado e deve permitir com que a autarquia volte a cortar a taxa de juros na reunião de dezembro. Os dirigentes veem a inflação indo para 3,0% na virada do ano, com a convergência para a meta de 2,0% ocorrendo mais lentamente (apenas no 2º trimestre de 2027).