Economia

Publicado em 19 de Setembro às 19:19:03

Banco da Inglaterra (BoE) age com cautela e mantém a taxa de juros inalterada em 5,00% ao ano

O Comitê de Política Monetária (MPC) do Banco da Inglaterra (BoE) optou por manter os juros estáveis em 5,00% após cortar a taxa básica em 25 pontos base na reunião de agosto, decisão essa que veio em linha com o consenso de mercado. Assim como na reunião do mês anterior, houve dissidência entre os diretores acerca da melhor ação a ser tomada em relação a condução da política monetária, embora desta vez por um placar bem menos elástico do que o 5 a 4 de agosto. Agora, apenas um único membro foi a favor de uma nova redução de 25 pontos base na taxa de juros, com todos os demais (oito) optando pela manutenção.

A conclusão majoritária do Comitê foi que a política monetária ainda precisa permanecer em patamar restritivo devido a necessidade de fazer frente às pressões inflacionárias.

A decisão de não dar continuidade ao ciclo de corte de juros evidencia mais uma vez a prudência e a cautela adotada pelo banco central inglês diante de uma inflação de serviços ainda pressionada (5,6% a/a) e um crescimento econômico que vem surpreendendo positivamente e que deve retornar para um avanço médio de 0,3% por trimestre.

Vale destacar que tal nível de precaução não foi observado na decisão do Fed (banco central norte americano) de setembro, na qual a autarquia optou por iniciar o ciclo de afrouxamento monetário com um corte de maior magnitude (50 pontos base) mesmo com a economia americana não apresentando sinais fortes de desaceleração, o processo de desinflação ainda estar ocorrendo de forma lenta e o mercado de trabalho não estar apresentando sinais de piora acentuada.

Por fim, o presidente do BoE, Andrew Bailey, destacou que o banco central inglês não deveria promover cortes de juros de grande magnitude e concentrados num curto espaço de tempo, sob pena de colocar em risco o processo de desinflação, uma vez que já é esperada uma aceleração da inflação de agora até o final do ano (de 2,2% a/a para 2,5% a/a) por conta de um efeito base nos preços de energia.

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