Economia

Publicado em 21 de Junho às 21:09:03

Copom mantém Selic em 13,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central comunicou nesta quarta-feira, 21, a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano. Esta foi a terceira reunião do ano do comitê que define a política monetária do país. A decisão de manter o juro foi em linha com as expectativas do mercado.

A taxa Selic está neste patamar desde agosto do ano passado, depois de passar por seguidas altas como recurso para controlar a inflação.

Para entender as entrelinhas da decisão, a reação e análise do mercado, assim como as projeções para 2023, reveja a live “Reunião do Copom”:

Comunicado do Copom

Em comunicado ao mercado, para o Banco Central, o ambiente externo segue adverso e pede por atenção, destacando a postura de outras autoridades monetárias pelo mundo que retomaram os aumentos de juro para garantir que a inflação possa voltar para a meta.

No tema Brasil, o BC considera que os dados macroeconômicos apontam para uma desaceleração da economia e da inflação, mas que deve permanecer mais alta no segundo semestre, considerando o índice acumulado em doze meses.

Para o ano, a projeção é de inflação a 5%, enquanto que para 2024 o esperado é 3,4% de avanço nos preços.

Entre os fatores de risco que podem acarretar no aumento da inflação e, por consequência, o avanço da Selic,  o BC destaca: “uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; alguma incerteza residual sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser aprovado pelo Congresso Nacional e, de forma mais relevante para a condução da política monetária, seus impactos sobre as expectativas para as trajetórias da dívida pública e da inflação, e sobre os ativos de risco”.

A equipe econômica da Genial disponibiliza um relatório completo com as considerações da casa sobre o comunicado e decisão do Banco Central. Para acessar o material, clique aqui.

Trajetória da Selic

Durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19, a Selic saiu de 3,75% em março de 2020, para 2% em agosto do mesmo ano. Ela permaneceu neste patamar até janeiro de 2021, quando começou sua trajetória de subida. Após 12 aumentos consecutivos, o juro básico chegou aos 13,75% ano, onde permanece há oito reuniões do Copom.

De forma geral, a expectativa de grande parte das casas de análise era que a taxa básica de juro da economia brasileira começasse seu processo de queda ainda no terceiro trimestre do ano, em agosto, mais precisamente.

Porém o comunicado do Copom deixou dúvidas quanto ao início do processo de queda: “O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

Apesar de mais brando, o comunicado condiciona os cortes ao arrefecimento consistente da inflação. Assim, parte do mercado começa a ver a possibilidade de corte somente para o mês de setembro.

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