O Índice de Preços ao Consumidor da economia americana (CPI) do mês de agosto aumentou 0,6% em relação ao mês de julho de 2023, como esperado pelos analistas. Em termos anuais, o índice acelerou de 3,2% em julho para 3,7% em agosto, acima das expectativas de variação de 3,6%. Em grande parte, esta aceleração decorreu do aumento dos preços do petróleo, que subiu mais de 10% na economia americana. Como resultado, o núcleo do CPI, que exclui energia e alimentos, apresentou crescimento de 0,3% no mês, um pouco acima das expectativas de variação de 0,2%, e 4,3% em doze meses, também como esperado, mas ainda muito acima da meta de 2,0% do Federal Reserve.
Como o CPI veio em linha com o esperado, os investidores mantiveram a expectativas de que o banco central americano, Federal Reserve, deverá manter a taxa de juros estável na reunião do Fomc, na próxima semana. Entretanto a inflação nos Estados Unidos continua bastante acima da meta de 2,0% ao ano e, após um período de queda, tem mostrado rigidez nas últimas divulgações. Neste sentido, a expectativa de uma parte importante dos investidores, aproximadamente 50%, é que o Federal Reserve deverá aumentar a taxa de juros pelo menos mais uma vez este ano, provavelmente na reunião do Fomc de novembro.
Diante da expectativa de estabilidade da taxa de juros na reunião de setembro, gerou queda na percepção do risco dos investidores e aumento da demanda por ativos financeiros dos países emergentes ligados a commodities. O resultado foi a valorização das moedas destes países, como o Peso mexicano, o Rand sul-africano, por exemplo, o mesmo ocorrendo com o Real, queda das taxas de juros e valorização das ações.