O volume de vendas no varejo apresentou crescimento de 2,5%, acima do teto das estimativas de 1,7%, acumulando alta de 1,8% em 12 meses. Nesse sentido, cinco das oito atividades pesquisadas apresentaram desempenho positivo, com destaque para: Móveis e eletrodomésticos, Outros artigos de uso pessoal e doméstico, Tecidos, vestuário e calçados e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Em relação às vendas no varejo ampliado- que inclui Veículos, Motos, Partes e Peças; Material de Construção; e Atacado de Produtos Alimentícios- houve crescimento de 2,4% na comparação mensal, também melhor do que as expectativas dos analistas de mercado. Tal resultado é reflexo do crescimento de 2,8% de Veículos e motos, partes e peças e da queda de 0,2% de Material de construção.
Com este resultado, o comércio varejista se encontra 5,7% acima do nível pré-pandemia e 0,8% abaixo do ponto mais elevado da série histórica (out/20). Nesse contexto, vale destacar a heterogeneidade dos grupos. Por exemplo, Supermercados e hipermercados encontram-se 12,3% acima do patamar de fevereiro de 2020 enquanto os segmentos relacionados ao consumo discricionário ainda não retomaram o nível observado pré-pandemia.
De maneira geral, al resultado mostra a resiliência da atividade econômica, sendo a primeira alta estatisticamente significativa desde setembro de 2023, quando o crescimento foi de 0,8%. Assim, com o início do ciclo de flexibilização monetária, observa-se certa melhora na saúde financeira das famílias que, somada ao conjunto de medidas promovidas pelo governo de impulso fiscal e à resiliência do mercado de trabalho, deve contribuir para que o consumo das famílias seja um vetor de crescimento importante ao longo deste ano.