O Ministério do Trabalho e do Emprego divulgou nessa terça-feira (30/07) o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referente ao mês de junho. A criação líquida de postos de trabalho formais foi de 201,7 mil vagas, superando a mediana das estimativas (165 mil) e vindo próxima do teto das projeções dos analistas (215 mil). No ano, já foram criados 1,3 milhão de empregos formais, de modo que o saldo líquido ao final de 2024 deve se aproximar de 2,0 milhões.

Na análise por setor, o de serviços foi responsável pela abertura de 87,7 mil vagas em junho, seguido pelo comércio (33,4 mil), indústria geral (32,0 mil), agropecuária (27,1 mil) e construção civil (21,4 mil).

Esses saldos líquidos positivos de geração de empregos disseminados entre os setores reforçam o bom momento vivido pelo mercado de trabalho, que já se estende desde a reabertura da economia após a pandemia de covid-19. Nesse contexto, avaliamos que a resiliência da atividade econômica, somada com um mercado de trabalho cada vez mais apertado, que não tem perspectiva de dar margem para alívio das principais métricas de inflação acompanhadas pelo Banco Central (serviços subjacentes e intensivos em trabalho), devem impedir a retomada do ciclo de afrouxamento monetário e forçar a autoridade monetária a deixar aberta a possibilidade de voltar a elevar a taxa Selic caso necessário.