Economia

Publicado em 15 de Agosto às 18:42:46

Dados econômicos mais fortes afastam os temores de recessão nos EUA

As vendas no varejo dos EUA cresceram fortemente em julho, alcançando US$ 709,7 bilhões, com o avanço de 1,0% m/m superando, em muito, a mediana das estimativas de 0,3% m/m. Já na métrica que desconsidera os automóveis, a alta mensal foi de 0,4% m/m no período. Apesar do índice cheio ter sido revisado para baixo no mês de junho (de 0,0% m/m para -0,2% m/m), o núcleo (ex-auto) sofreu uma revisão altista (de 0,4% m/m para 0,5% m/m).

Outras surpresas positivas vieram do dado do índice de atividade industrial (Empire State Manufacturing), que alcançou -4,7 em agosto (melhor do que a previsão de -5,0), e dos pedidos de auxílio-desemprego, que saíram de 234 mil para 227 mil na semana, contrariando as previsões de queda mais modesta para 233 mil.

Por outro lado, num contraponto a esses dados mais fortes de varejo, indústria e emprego, a produção industrial de julho foi a única divulgação a apontar na direção de uma maior fraqueza da economia norte-americana. A contração das manufaturas foi da ordem de 0,6% m/m no mês, com o recuo vindo numa magnitude maior do que o esperado (-0,3% m/m). No período, a taxa de utilização da capacidade instalada também recuou, saindo de 78,4% para 77,8% na passagem de junho para julho. Contudo, a revisão altista dos dados de junho, de -0,6% m/m para -0,3% m/m, praticamente compensou a surpresa negativa com o resultado de julho.

No agregado, esses dados econômicos mais fortes contribuem para afastar os temores de recessão nos Estados Unidos e praticamente retiram da mesa a possibilidade de um corte de 50 pontos-base na taxa de juros na próxima reunião do banco central norte-americano (Fed) em setembro, deixando espaço para uma flexibilização monetária mais modesta, de apenas 25 pontos-base.

Acesse o disclaimer.

Leitura Dinâmica

Recomendações