Economia

Publicado em 27 de Junho às 08:37:49

Decisão do CMN pode retardar início da queda da Selic

A pesquisa Focus mostrou a continuação da trajetória de queda nas expectativas para a inflação. As expectativas para 2023 e 2024 tiveram quedas marginais, mas a expectativa para 2026 mostrou uma queda mais expressiva, de 3,80% ao ano para 3,72% ao ano.

Hoje teremos a divulgação da Ata da reunião do Copom da semana passada e o IPCA-15 do mês de junho, dois dados importantes para a definição da trajetória da taxa de juros nos próximos meses.

Muitos analistas esperam que a Ata sinalize com mais clareza a possibilidade de início do processo de queda da SELIC na reunião de agosto. Nossa avaliação é que o Copom deverá manter o tom da Ata similar ao do comunicado, sem se comprometer. Quanto ao IPCA-15, nossa projeção é de estabilidade no mês de junho.

A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) quanto ao valor das metas para a inflação de 2024, 2025 e 2026, será importante para a trajetória da política monetária nos próximos meses. As críticas do Presidente da República ao valor da meta e às decisões do Copom têm gerado grande incerteza quanto à manutenção da meta de 3,0% ao ano.

A queda das expectativas para a inflação e a desaceleração dos núcleos da inflação e dos serviços subjacentes recentemente, indicando que o início do processo de queda da SELIC está próximo, desanuviou o ambiente e fez com que a maioria dos analistas passasse a prever a manutenção das metas para a inflação e a mudança do regime de meta anual para meta contínua. Esta seria uma não mudança, na medida em que o Banco Central do Brasil já leva em consideração o horizonte relevante da política monetária e não apenas o ano calendário. Porém, caso o CMN decida aumentar a meta, nossa avaliação é que deverá gerar aumento das expectativas para a inflação e retardar o início do processo de queda da SELIC.

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