As decisões sobre política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, na próxima quarta feira, deverão dominar o cenário econômico nesta semana. Nos Estados Unidos, a expectativa da maioria dos investidores é que o Comitê de mercado aberto do Federal Reserve (Fomc) deverá manter a taxa básica de juros constante entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Por outro lado, ainda que a taxa de inflação e o nucleo da inflação permaneçam entre 2,8% e 3,0% ao ano, acima da meta de 2,0% do Banco Central, a expectativa majoritária dos investidores é que, diante da ainda que lenta desaceleração da taxa de inflação neste trimestre, o Presidente do Federal Reserve poderá dar sinais mais concretos de que o início do processo de queda da taxa de juros poderá se dar na reunião do Fomc de setembro de 2024.
No Brasil, diante de um cenário mais delicado, com expectativas para a inflação desancoradas, elevada incerteza quanto à capacidade do governo de atingir as metas fiscais em 2024, 2025 e 2026, o que tem gerado forte pressão por desvalorização do Real frente ao Dólar, com consequente pressão sobre a taxa de inflação, o Copom deverá manter a SELIC em 10,50% ao ano. Entretanto, no comunicado que se segue à reunião, o Copom deverá indicar que aumentou a probabilidade de que a meta para a inflação em 2025 poderá não ser atingida, o que significa que o risco de aumento da taxa de juros aumentou no horizonte relevante.