No trimestre encerrado em setembro de 2024, a taxa de desemprego recuou para 6,4% da força de trabalho, ligeiramente abaixo das expectativas do mercado de 6,5%. Na comparação com o trimestre anterior, a população ocupada avançou 1,2% enquanto a população desocupada recuou 7,2%, atingindo o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
No que diz respeito às ocupações, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 38,6 milhões de trabalhadores, um novo recorde da série histórica da PNAD contínua, enquanto o número de empregados sem carteira no setor privado alcançou o patamar de 14,2 milhões, o nível mais elevado já registrado na série histórica, ao avançar 4,1% no trimestre (mais 565 mil pessoas).
Além disso, o rendimento médio real habitual (R$ 3.227) ficou estável no trimestre e cresceu 3,7% no ano. Por sua vez, a massa de rendimento real habitual não apresentou variação significativa em relação ao trimestre móvel anterior e avançou 7,2% na comparação anual, de modo que, alcançou o patamar de R$ 327,7 bi.
Por fim, tal resultado sugere que o mercado de trabalho continuará apresentando um desempenho robusto ao longo do segundo semestre de 2024. Por um lado, avaliamos que a resiliência do mercado de trabalho atua como um dos principais impulsionadores da atividade econômica em 2024, indo na direção da nossa avaliação que o consumo será o principal driver de crescimento. Por outro lado, o superaquecimento do mercado de trabalho capturado, principalmente, pela dinâmica de salários e massa de rendimento que avança em ritmo incondizente com o cumprimento da meta da inflação são importantes fatores de risco altistas para a dinâmica de preços no ano.