A terceira e última leitura do PIB dos Estados Unidos do 2º trimestre de 2024 mostrou um crescimento anualizado de 3,0% t/t, em linha com as exceptivas e com o resultado preliminar anterior. Essa alta ficou bem acima do crescimento potencial estimado para a economia norte americana, de 1,8% t/t. Embora o crescimento do consumo das famílias tenha sido revisado para baixo (de 2,9% t/t para 2,8% t/t), os gastos pessoais ainda permaneceram como os principais responsáveis por impulsionar a atividade econômica no trimestre.
Por outro lado, o índice de preços de gastos com consumo (PCE price index) arrefeceu na passagem do primeiro para o segundo trimestre. Na métrica trimestral anualizada, a inflação medida pelo PCE se aproximou da meta de 2,0%, com o índice cheio saindo de 3,4% t/t para 2,5% t/t e o núcleo desacelerando de 3,7% t/t para 2,8% t/t. Esses números confirmaram a leitura anterior, não sofrendo revisões.
Além desses sinais positivos nas searas de inflação e atividade econômica, o mercado de trabalho também apresentou vigor através da queda no número de pedidos de auxílio desemprego. Na semana encerrada no dia 21 de setembro a queda foi de 4 mil, saindo de 222 mil para 218 mil, ante expectativa de alta para 224 mil.
Por fim, esses dados mais robustos apontam que a economia americana continua aquecida, não apoiando a necessidade da ação preventiva tomada pelo Fed (banco central norte americano) de optar por iniciar o ciclo de afrouxamento monetário com um corte de juros de maior magnitude (50 pontos base). Como a economia não está dando sinais claros de desaceleração, afastando os temores de recessão a cada novo dado que sai, o processo de desinflação está se dando de forma lenta e o mercado de trabalho não está apresentando sinais de piora acentuada, julgamos que o mais correto seria o Fed reduzir o ritmo de corte de juros para 25 pontos base na próxima reunião de novembro.