Em compasso de espera. Este é o sentimento dos investidores depois da decisão do governo americano de bombardear as instalações nucleares do Irã. Várias perguntas permanecem no ar, sem resposta até o momento. Em especial, como o Irã irá responder ao ataque americano? Como irá se comportar em relação ao Estreito de Ormuz, por onde passa aproximadamente 20% do petróleo mundial? Vai tentar obstruir o Estreito? Como reagiria os Estados Unidos e a Europa? Como o Irã irá atuar em relação aos movimentos terroristas por ele sustentado, como Hezbollah, Hamas, Houthis.
Por outro lado, Israel continua a campanha de bombardear instalação militares do Irã e não dá sinais de que irá parar no curto prazo.
A expectativa entre os analistas é que a retaliação do Irã deverá vir em breve. A pergunta é como. Não retaliar parece pouco provável, na medida em que significaria uma rendição ao governo agressor. Entretanto, interromper o transporte através do Estreito do Ormuz além de afetar a oferta mundial do petróleo, afetaria diretamente também a própria econômica Iraniana.
As primeiras reações do Irã, a utilização de mísseis contra bases militares americanas no Qatar, foram percebidas pelos investidores como uma reação relativamente fraca e direcionada ao público interno. Os preços do petróleo caíram e os preços dos ativos tiveram comportamento positivo.
Com o aumento da incerteza após os ataques às instalações nucleares do Irã, que se juntou à incerteza com a introdução das tarifas ainda em negociação, a expectativa é que os Bancos Centrais devem adotar uma atitude ainda mais cautelosa, pelo menos até que o cenário se torne menos incerto.